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Relatório sobre os resultados operacionais e financeiros da Cetip (Ctip3) no 2° trimestre de 2015

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Em 06 de Agosto de 2015, a Cetip (CTIP3) divulgou relatório sobre seus resultados operacionais e financeiros durante o segundo trimestre de 2015. As informações financeiras e operacionais contidas nesse relatório, exceto quando indicado de outra forma, são apresentadas em bases consolidadas, em reais brasileiros, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo a Legislação Societária e a convergência às normas internacionais do IFRS. As comparações realizadas neste comunicado levam em consideração o segundo de 2014, exceto quando especificado em contrário.

Cetip (CTIP3) é uma organização nascida em 1986, sendo uma empresa integradora do mercado financeiro, oferecendo serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos. Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e transparência para as operações financeiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade brasileira. A empresa é, também, a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do Brasil.

Mais de 15 mil instituições participantes utilizam os serviços do Cetip: fundos de investimento, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, corretoras de valores mobiliários, distribuidoras de valores mobiliários, financeiras, consórcios, empresas de leasing, empresas de crédito imobiliário, cooperativas de crédito, investidores estrangeiros e empresas não financeiras (fundações, concessionárias de veículos e seguradoras). Milhões de pessoas físicas são beneficiadas todos os dias por produtos e serviços prestados pela companhia como processamento de TEDs e liquidação de DOCs, além de registro de CDBs e títulos de Renda Fixa, e serviço de entrega eletrônica das informações necessárias para o registro de contratos e anotações dos gravames pelos órgãos de trânsito.

 

 

Conjuntura Econômica da Cetip no 2° Trimestre de 2015

A receita bruta total da Cetip (CTIP3) de R$ 342,8 milhões no segundo trimestre de 2015, com crescimento de 17,0% em relação ao segundo trimestre de 2014 e crescimento de 5,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015;

A receita bruta da UTVM de R$ 228,9 milhões no segundo trimestre de 2015, 20,3% superior ao segundo trimestre de 2014 e 3,7% acima do primeiro trimestre de 2015;

A receita bruta da UFIN de R$ 113,9 milhões no segundo trimestre de 2015, 10,8% acima do segundo trimestre de 2014 e 8,7% maior do que no primeiro trimestre de 2015, influenciada pela mudança no modelo de registro de contratos de financiamento em São Paulo;

A receita líquida de R$ 286,8 milhões no segundo trimestre de 2015, 17,2% superior ao segundo trimestre de 2014 e 7,5% superior ao primeiro trimestre de 2015;

O EBITDA ajustado de R$ 190,9 milhões no segundo trimestre de 2015, com expansão de 10,1% em relação ao segundo trimestre de 2014 e estável em relação ao primeiro trimestre de 2015;

O lucro líquido ajustado de R$ 150,5 milhões no segundo trimestre de 2015, 10,9% superior ao do segundo trimestre de 2014 e 1,4% abaixo do primeiro trimestre de 2015;

O Programa de Recompra de Ações aprovado em 04/03/2015 em execução, com a aquisição de 2.291.500 ações até 30/06/2015.

 

 

Receita bruta de serviços da Cetip no 2° Trimestre de 2015

A receita bruta de serviços da Cetip (CTIP3) totalizou R$ 342,8 milhões no segundo trimestre de 2015, crescendo 5,3% e 17,0% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e ao segundo trimestre de 2014, respectivamente. Durante o segundo trimestre de 2015, observou-se novamente um forte desempenho da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários (“UTVM”), que avançou 3,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2015 e 20,3% em relação ao resultado do segundo trimestre de 2014, impulsionada por: mudança de patamar do volume de transações de CDBs em função da Circular 3709 do Banco Central (“3709”); forte demanda por instrumentos derivativos, em especial relacionados a câmbio; e aumento do estoque de ativos em custódia. Já a receita da Unidade de Financiamentos (“UFIN”) cresceu 8,7% e 10,8% nas comparações de trimestre contra trimestre e ano contra ano, respectivamente. Esta taxa de crescimento positiva, a despeito do número de veículos financiados no segundo trimestre de 2015 ter recuado 5,5% em relação ao primeiro trimestre de 2015e 12,7% em relação ao segundo trimestre de 2014, é explicada por: mudança no modelo de registro de contratos de financiamento de veículos no estado de São Paulo (para mais detalhes, ver “Unidade de Financiamentos”); e, em menor escala, crescimento da receita com market data e desenvolvimento de soluções, na comparação com o mesmo período do ano passado.

A taxa de deduções (impostos e outras deduções) sobre a receita bruta caiu, tanto na comparação anual quanto na trimestral. Isto se deve, principalmente, ao fato de que parte do crescimento da receita é decorrente da mudança no modelo de registro de contratos de financiamento de veículos em São Paulo, uma vez que sobre esta receita não incidem descontos. Pelo exposto, a receita operacional líquida atingiu R$ 286,8 milhões no segundo trimestre de 2015, 7,5% superior ao primeiro trimestre de 2015 e 17,2% maior do que a receita atingida no segundo trimestre de 2014. No primeiro semestre de 2015, a receita bruta de serviços totalizou R$ 668,4 milhões, registrando avanço de 15,0% em relação ao primeiro semestre de 2014, resultado do aumento de 19,5% na receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários e do crescimento de 6,7% da receita bruta da Unidade de Financiamentos. A receita líquida, por sua vez, apresentou crescimento de 14,1%, reflexo do avanço da receita bruta consolidada e do aumento de 19,6% nas deduções da receita no período, quando a política de descontos por volume de transações na UTVM e de outros descontos concedidos para serviços prestados pela UFIN superou o efeito observado no segundo trimestre de 2015, descrito acima.

A receita operacional bruta da UTVM totalizou R$ 228,9 milhões no segundo trimestre de 2015, registrando crescimento de 3,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2015 e de 20,3% em relação ao segundo trimestre de 2014. Os serviços de custódia foram responsáveis por 41,5% da receita bruta da UTVM no trimestre, enquanto a utilização mensal respondeu por 20,7%, transações representaram 15,4%, registro, 12,1%, processamento de TEDs (CIP), 4,3%, taxas de operações compromissadas, operações definitivas e plataforma eletrônica, 4,4%, e as demais receitas de serviços somaram 1,6%.

As receitas de registro alcançaram R$ 27,7 milhões no segundo trimestre de 2015, 9,3% inferiores ao primeiro trimestre de 2015 em função, principalmente, da queda das receitas de registro de instrumentos de captação bancária (-11,2%), instrumentos do mercado imobiliário (-16,7%), instrumentos do agronegócio (-17,9%) e outros instrumentos de renda fixa (-6,0%), além de uma redução das receitas com registro de derivativos de balcão (-15,8%), e apesar do avanço de 38,4% em outros serviços de registro (Distribuição, Correção e Pré-Registro). Na comparação com o segundo trimestre de 2014, as receitas de registro permaneceram praticamente estáveis, resultado do efeito líquido do aumento das receitas com registro de derivativos de balcão (+33,6%), da queda da receita com registro de instrumentos de renda fixa (-9,6%) e da redução da receita de outros serviços de registro (-20,6%). No primeiro semestre de 2015, a receita de registro totalizou R$ 58,3 milhões, 2,0% superior ao segundo semestre de 2014, com destaque positivo para o registro de derivativos de balcão.

 

 

Receitas de renda fixa da Cetip no 2° Trimestre de 2015

A receita com registro de instrumentos de renda fixa totalizou R$ 14,7 milhões no segundo trimestre de 2015, 12,1% inferior ao primeiro trimestre de 2015, em decorrência: da queda das receitas de registro de instrumentos de captação bancária (-11,2%), reflexo basicamente da redução da receita com registro de CDB, impactada pela nova política de precificação do produto, que reduziu o preço de registro praticado e estabeleceu a cobrança de uma taxa de custódia, efetiva a partir de março de 2015, quando entrou em vigência a 3709; da diminuição na receita de registro de instrumentos do mercado imobiliário que, após um pico de emissões em janeiro, volta a patamares mais normalizados; e da queda da receita com instrumentos do agronegócio, resultado da queda do preço médio praticado neste segmento.
Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a receita de registro de instrumentos de renda fixa caiu 9,7%, resultado: da queda das receitas de registro de instrumentos de captação bancária (-18,7%), principalmente pela nova política de precificação do CDB, conforme destacada acima; do aumento das receitas com registro de instrumentos do mercado imobiliário (+17,2%) e com instrumentos do agronegócio (+7,3%); e da diminuição da receita de outros instrumentos de renda fixa (-5,8%). No primeiro semestre de 2015, a receita com registro de instrumentos de renda fixa recuou 7,5%, resultado principalmente da queda da receita vinculada a CDBs, que impactou o resultado de instrumentos de captação bancária (-19,6%). Esta queda foi Cetip S.A. – Mercados Organizados parcialmente compensada pelo aumento de receita com registro de instrumentos do mercado imobiliário (+26,2%) e do agronegócio (+18,9%), que tiveram volumes de registro 22,7% e 47,1% maiores, respectivamente.

A receita de registro de derivativos de balcão, que inclui operações estruturadas, somou R$ 9,6 milhões no segundo trimestre de 2015, 15,8% inferior ao primeiro trimestre de 2015, em decorrência da diminuição das receitas com registro de swaps. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a receita de registro de derivativos de balcão cresceu 33,6%, resultado do avanço das linhas que compõem essa receita, com destaque para Termo e outros derivativos / operações estruturadas. Destacamos que a maior volatilidade do câmbio (R$ x US$) observada a partir do segundo semestre do ano passado contribuiu positivamente na comparação ano contra ano do volume de derivativos de balcão registrados.

As receitas de custódia somaram R$ 95,1 milhões no segundo trimestre de 2015, 10,7% superiores ao primeiro trimestre de 2015, por conta: da nova linha de receita de custódia do produto CDB, que explica quase a totalidade do aumento das receitas com custódia de instrumentos de captação bancária, que cresceram 29,6% na comparação com o trimestre anterior; e da expansão de 16,1% da receita de permanência de derivativos de balcão e custódia de operações estruturadas. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, as receitas de custódia cresceram 37,1%, aumento explicado principalmente: pelo desempenho das receitas de custódia de ativos de renda fixa (+24,0%), com destaque para instrumentos de captação bancária (+52,1%), cujo resultado foi impulsionado pelas receitas com o produto CDB, conforme explicado anteriormente; e pelo desempenho dos derivativos de balcão e operações estruturadas (+84,2%), no qual se observam tanto o crescimento, ao longo dos últimos 12 meses, do saldo de ativos em custódia, quanto o aumento do preço médio praticado, reflexo de um mix de produtos mais complexos e com mais funcionalidades, além da maior contribuição da custódia do COE. No primeiro semestre de 2015, a receita de custódia de instrumentos de renda fixa totalizou R$ 119,5 milhões, 21,3% superior ao primeiro semestre de 2014, resultado líquido do aumento de 22,5% no estoque e da queda de 1,0% na margem média. As receitas de permanência de derivativos e custódia de COE apresentaram crescimento de 81,6% na comparação com o primeiro semestre de 2014, enquanto as receitas de manutenção de comitentes cresceram 49,5% na mesma comparação.

A receita de utilização mensal totalizou R$ 47,4 milhões no segundo trimestre de 2015, com aumento de 0,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015, resultado principalmente do crescimento de 0,6% na margem média. Em comparação ao segundo trimestre de 2014, a receita de utilização mensal aumentou 7,2%, resultado do crescimento de 1,7% na quantidade média de clientes e da expansão de 5,4% na margem média, explicada principalmente pelo reajuste anual de preços com base no IGP-M acumulado de 2014 (+3,7%). No primeiro semestre de 2015, a receita de utilização mensal somou R$ 94,4 milhões, 7,4% superior ao primeiro semestre de 2014, consequência dos aumentos de 5,3% na margem média e de 2,0% na quantidade média de clientes.

A receita de transações totalizou R$ 35,2 milhões no segundo trimestre de 2015, 1,6% inferior ao primeiro trimestre de 2015, resultado: da expansão de 46,3% na quantidade de transações processadas, consequência do aumento da atividade na depositária e do início da vigência da 3709 em março de 2015; e da queda de 32,7% na margem média, sendo esta influenciada pela nova tabela de preços e pela utilização mais intensiva de janelas de preços mais baixos, criadas no contexto da implementação da 3709. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a receita de transações cresceu 23,0%, desempenho explicado pelo: aumento de 117,7% na quantidade de transações processadas, conforme destacado acima; e redução da margem média por transação, de 43,5%, também explicada pelo contexto da implantação da 3709. No primeiro semestre de 2015, a receita de transações totalizou R$ 71,0 milhões, 27,2% superior ao primeiro semestre de 2014, por conta do aumento de 87,4% na quantidade média de clientes e da queda de 32,1% na margem média.

As outras receitas de serviços da UTVM totalizaram R$ 23,5 milhões no segundo trimestre de 2015, com crescimento de 9,4% em relação ao primeiro trimestre de 2015, resultado: do crescimento das receitas com taxas de operações compromissadas, operações definitivas e plataforma eletrônica (+11,2%); do aumento das demais receitas de serviços da UTVM (+7,5%); e do aumento da receita com processamento de TEDs, de 8,2%.

O aumento de 8,2% na receita de TEDs, que representa 42,3% das outras receitas de serviços da UTVM, por sua vez, foi decorrente: do aumento de 10,3% na quantidade de TEDs processadas, em decorrência, dentre outros fatores, da diminuição do limite mínimo de TED de R$ 750 para R$ 500; e da diminuição de 1,9% na margem média, reflexo do maior volume processado no trimestre, fato este que eleva o efeito dos descontos progressivos por volume que fazem parte da estrutura de preços do processamento das TEDs. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a receita com o processamento das TEDs cresceu 18,4%, resultado: da redução de 8,1% na margem média, reflexo principalmente da entrada em vigor da nova faixa de preços válida para o período de março de 2014 até fevereiro de 2016, que prevê uma estrutura de preços nominalmente menor do que aquela que vigorou entre março de 2012 e fevereiro de 2014, e também da política de preços definida em contrato, que estabelece preços decrescentes em função de faixas de volume; e do aumento de 28,9% na quantidade de TEDs processadas, em decorrência, entre outros fatores, das reduções do ticket mínimo para realização de TEDs, de R$ 1 mil para R$ 750 no inicio de julho de 2014, e de R$ 750 para R$ 500 em janeiro de 2015.

A receita operacional bruta da UFIN totalizou R$ 113,9 milhões no segundo trimestre de 2015, com aumento de 8,7% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e de 10,8% em comparação ao segundo trimestre de 2014. O SNG respondeu por 37,3% da receita bruta da UFIN no trimestre, o Sistema de Contratos (anteriormente denominado Sircof) representou 45,0%, market data e desenvolvimento de soluções alcançaram 16,7% e as outras receitas de serviços responderam por 1,0%.

A receita gerada pelo SNG totalizou R$ 42,5 milhões no segundo trimestre de 2015, com queda de 3,4% quando comparada ao primeiro trimestre de 2015, por conta da redução de 5,5% na quantidade de veículos financiados (-5,3% no segmento de novos e -5,6% no segmento de usados), que foi parcialmente mitigada pela contribuição do reconhecimento de receitas diferidas de trimestres anteriores. Nota-se que o pior desempenho relativo na performance das vendas de veículos novos, que recuaram 3,8% em relação ao trimestre anterior versus um aumento de 6,3% nas vendas de veículos usados, tem efeito negativo de mix no índice de penetração dos financiamentos (percentual de veículos financiados sobre o total de veículos vendidos), já que os veículos usados tendem a ser mais frequentemente pagos à vista. Em comparação ao segundo trimestre de 2014, a receita gerada pelo SNG caiu 6,8%, resultado da redução de 12,7% na quantidade de veículos financiados, com queda de 4,1% na relação entre veículos financiados e veículos vendidos, que passou de 34,7% no segundo trimestre de 2014 para 30,6% no segundo trimestre de 2015, e de 0,9% na quantidade de veículos vendidos. O impacto da redução no número de veículos financiados na receita foi compensado em parte por: reajuste anual de preços pelo IGP-M, de 3,7%; e contribuição do reconhecimento de receitas diferidas de trimestres anteriores. No primeiro semestre de 2015, a receita do SNG totalizou R$ 86,5 milhões, 5,5% inferior ao primeiro semestre de 2014, movimento explicado pelas mesmas razões expostas na comparação do segundo trimestre de 2015 com o segundo trimestre de 2014.

A receita advinda do sistema de registro de contratos de financiamento de veículos atingiu R$ 51,3 milhões no segundo trimestre de 2015, crescendo 25,7% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e 23,3% em relação ao segundo trimestre de 2014, apesar da diminuição do número de contratos registrados na comparação contra ambos os períodos. A principal razão para este aumento está na alteração do modelo de registro adotado pelo Detran de São Paulo, que acarretou em mudanças nas receitas e custos relacionados a este serviço. Desde 15 de abril de 2015, quando as novas regras do Detran de São Paulo entraram em vigor, a Companhia passou a faturar, naquele estado, a totalidade do preço cobrado do banco. Em contrapartida, o preço público cobrado pelo Detran para o registro, assim como a participação da Fenaseg na receita, se tornaram despesas operacionais relacionadas à prestação do serviço. Desta forma, houve aumento concomitante da receita e das despesas, o que por si só resultaria em queda na margem do serviço. Em adição, houve também queda da margem nominal por contrato, já que a Cetip absorveu a maior participação do Detran na tarifa no novo modelo, mantendo a tarifa total cobrada do banco inalterada. O quadro abaixo isola o efeito dos novos custos atrelados ao sistema de contratos em São Paulo, para manter a comparabilidade dos dados de receita.

Verifica-se que a receita do sistema de contratos, quando ajustada para excluir o impacto dos novos custos atrelados ao serviço no estado de São Paulo, recuou 11,0% e 12,7% nas comparações com o primeiro trimestre de 2015 e segundo trimestre de 2014, respectivamente. Esta redução é explicada principalmente: pela perda da margem nominal por contrato nos registros do estado de São Paulo, conforme explicado anteriormente; pelo aumento da penetração do Cetip Contratos, que possui margem média inferior ao modelo tradicional; e pelas quedas de 5,7% e 8,7% versus o primeiro trimestre de 2015 e segundo trimestre de 2014, respectivamente, no número de inclusões de contrato. Por outro lado, o recuo de 8,7% no número de contratos registrados na comparação com o segundo trimestre de 2014 foi menor do que a queda no número de veículos financiados no mesmo período, em função do crescimento de 3,0% na relação entre contratos registrados e o total de financiamentos (penetração do produto), de 66,8% no segundo trimestre de 2014 para 69,8% no segundo trimestre de 2015.
No primeiro semestre de 2015, a receita ajustada do sistema de contratos totalizou R$ 77,1 milhões, 6,4% inferior ao primeiro semestre de 2014, em razão dos mesmos fatores que explicaram a variação do desempenho da receita nas comparações trimestrais.

A receita com market data e desenvolvimento de soluções somou R$ 19,0 milhões no segundo trimestre de 2015, permanecendo estável em relação ao primeiro trimestre de 2015, em razão: da queda nas linhas de Cetip Infoauto, Infoauto Pagamentos e Cetip Panorama, a qual se deu em razão do menor volume de financiamentos, uma vez que a receita destes produtos é dependente do número de unidades financiadas; e do crescimento nas linhas de Cetip Performance e Cetip Auto Relatórios. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a receita com market data e desenvolvimento de soluções cresceu 28,5%, principalmente em decorrência do desempenho das receitas do Cetip Performance e do Infoauto Pagamentos. No primeiro semestre de 2015, a receita com market data e desenvolvimento de soluções somou R$ 38,1 milhões, 29,8% superior ao primeiro semestre de 2014, crescimento influenciado pelos mesmos fatores que explicaram a variação do segundo trimestre de 2015 versus o segundo trimestre de 2014.

 

 

Despesas operacionais da Cetip no 2° Trimestre de 2015

As despesas operacionais ajustadas da Cetip (CTIP3) somaram R$ 95,9 milhões no segundo trimestre de 2015, 26,3% maiores do que no primeiro trimestre de 2015, movimento explicado pelo: aumento da despesa com serviços de terceiros (+76,6%), linha diretamente afetada pelo novo modelo de sistema de contratos em São Paulo, que foi responsável por R$ 15,0 milhões do aumento total de R$ 17,2 milhões no trimestre (para mais detalhes, ver “Unidade de Financiamentos – Sistema de Contratos”); crescimento de 21,2% das despesas gerais e administrativas, principalmente em função de gastos pontuais com eventos promovidos pela Companhia; e aumento de 3,0% na despesa de pessoal. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, as despesas operacionais ajustadas cresceram 34,5%, em decorrência: do avanço de 94,6% na despesa de serviços de terceiros, principalmente em razão do novo modelo de sistema de contratos em São Paulo e, em menor escala, por gastos maiores com advogados, auditores e consultores; e do aumento de 11,6% na despesa com pessoal, em função de aumento do quadro de funcionários e reajustes salariais. No primeiro semestre de 2015, as despesas operacionais ajustadas somaram R$ 171,8 milhões, com aumento de 21,0% em relação ao primeiro semestre de 2014. Excluindo-se os novos custos atrelados ao serviço de registro de financiamentos de veículos em São Paulo, as despesas operacionais no 1S15 cresceram 10,6% em relação ao primeiro semestre de 2014, em linha com o crescimento de 11,0% da receita líquida da Companhia, também ajustada para excluir o impacto dos mesmos custos, no mesmo período.

Alocando-se as despesas da Companhia entre aquelas que são variáveis, ou seja, diretamente atreladas ao faturamento, e as demais despesas operacionais, evidencia-se que o aumento das despesas operacionais totais foi causado pela maior atividade de negócios.

 

 

 

 Resultado Financeiro da Cetip no 1° Trimestre de 2015

O resultado financeiro líquido da Cetip (CTIP3) ficou positivo em R$ 15,0 milhões no segundo trimestre de 2015, R$ 65,9 milhões acima do resultado negativo de R$ 50,9 milhões registrado no primeiro trimestre de 2015. Esta variação é resultado do efeito líquido: da redução de R$ 30,8 milhões na receita financeira, que neste trimestre não registrou os ganhos com a operação de swap para neutralizar a exposição cambial relativa ao empréstimo bancário local contratado, que no primeiro trimestre de 2015 alcançaram R$ 50,3 milhões, mas contabilizou, por outro lado, ganho de R$ 21,0 milhões relacionado à variação cambial sobre empréstimos offshore; e da queda da despesa financeira em R$ 96,6 milhões no segundo trimestre de 2015, principalmente por não ter havido, por um lado, impacto de despesa de variação cambial sobre o empréstimo offshore, que no primeiro trimestre de 2015 afetou o resultado em R$ 114,4 milhões, e, pelo outro, por ter havido, no segundo trimestre de 2015, perdas de R$ 11,5 milhões na marcação a mercado do valor do empréstimo bancário local contratado e perdas de R$ 4,9 milhões com o swap para neutralizar a exposição cambial relativa ao empréstimo bancário local contratado.
Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o resultado financeiro apresentou um crescimento de R$ 19,8 milhões em relação ao resultado negativo de R$ 4,9 milhões registrado no mesmo trimestre de 2014. A variação do resultado financeiro líquido observada entre os períodos analisados é decorrente, principalmente: do aumento de R$ 38,1 milhões na receita financeira, com destaque para o ganho relacionado à variação cambial sobre empréstimos offshore (+R$ 47,3 milhões); e do crescimento de R$ 18,3 milhões na despesas financeira, influenciada pelas perdas na marcação a mercado do valor empréstimo bancário local contratado (-R$ 11,5 milhões) e pela perda com a operação de swap (-R$ 4,9 milhões) no segundo trimestre de 2015. Vale destacar que a Companhia atualmente possui, em seu balanço consolidado, dois instrumentos de dívida bancária em moeda estrangeira contratados: um empréstimo bilateral local nos termos da Lei 4.131, no valor de US$ 100,0 milhões, cuja variação cambial sobre o principal e juros está protegida por contrato de swap; e um empréstimo de US$ 100,0 milhões contratado por uma subsidiária no exterior. Em relação a este último, apesar de não haver instrumentos de hedge contratados, a Companhia também não incorre em risco de variação cambial, conforme explicado a seguir no item sobre a alíquota efetiva de imposto de renda e contribuição social.

 

 

Alíquota efetiva de imposto de renda e contribuição social da Cetip no 2° Trimestre de 2015

No 2T15, a despesa de imposto de renda e contribuição social (“IR e CS”) da Cetip (CTIP3) foi de R$ 61,0 milhões, em comparação a um saldo credor de IR e CS de R$ 7,3 milhões no primeiro trimestre de 2015e à despesa de IR e CS de R$ 43,2 milhões no segundo trimestre de 2014, com uma alíquota efetiva de IR e CS de 34,0% no segundo trimestre de 2015, em comparação aos -6,4% e 30,1% observados, respectivamente, no primeiro trimestre de 2015 e segundo trimestre de 2014. A variação nas alíquotas efetivas de IR e CS é quase inteiramente explicada pela variação cambial sobre o capital de nossa subsidiária e sobre o empréstimo offshore. A variação cambial sobre o capital investido em nossa subsidiária no exterior não é tributável, enquanto despesas ou receitas de variação cambial sobre o empréstimo com nossa subsidiária offshore afetam o resultado tributável. O impacto tributário sobre as despesas e receitas de variação cambial neutraliza o impacto cambial sobre as despesas e receitas financeiras, o que significa que, de fato, não há exposição cambial do resultado da Companhia depois de impostos.

 

 

O EBITDA da Cetip no 2° Trimestre de 2015

No segundo trimestre de 2015, o EBITDA ajustado da Cetip (CTIP3) totalizou R$ 190,9 milhões, mantendo-se estável em relação ao resultado alcançado no primeiro trimestre de 2015 e crescendo 10,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. A margem de EBITDA ajustado ficou em 66,6% no segundo trimestre de 2015, com redução de 4,9% e de 4,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e a segundo trimestre de 2014, respectivamente. No primeiro semestre de 2015, o EBITDA ajustado alcançou R$ 381,7 milhões, 11,3% superior ao primeiro semestre de 2014, com a margem de EBITDA ajustado de 69,0%. A queda na margem de EBITDA decorreu, em boa parte, da alavancagem do demonstrativo de resultado da Companhia, com a contabilização de maiores receitas e despesas em conexão com o novo modelo de registro de contratos de financiamento em São Paulo – este efeito, isoladamente, causou um decréscimo de 3,7% na margem de EBITDA do trimestre, conforme demonstrado abaixo.

 

 

Lucro Líquido da Cetip no 2° Trimestre de 2015

O lucro líquido ajustado da Cetip (CTIP3) (cash earnings) atingiu R$ 150,5 milhões no segundo trimestre de 2015, contraindo 1,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2015 e crescendo 10,9% quando comparado ao segundo trimestre de 2014, resultado basicamente da evolução do EBITDA no período comparado. A margem líquida ajustada atingiu 52,5% no segundo trimestre de 2015, 4,7% e 2,9% inferior às margens registradas no primeiro trimestre de 2015 e segundo trimestre de 2014, respectivamente. No primeiro semestre de 2015, o cash earnings somou R$ 303,1 milhões, apresentando um crescimento de 12,4% em comparação ao primeiro semestre de 2014, e a margem líquida ajustada alcançou 54,8%.

 

 

Geração de Caixa e endividamento da Cetip no 2° Trimestre de 2015

A geração operacional de caixa antes do pagamento de IR e CS e antes da destinação do excedente de caixa para aplicações financeiras da Cetip (CTIP3) totalizou R$ 238,9 milhões no segundo trimestre de 2015, montante 13,5% maior do que aquele registrado no primeiro trimestre de 2015 e 28,0% superior ao segundo trimestre de 2014, resultado de um fluxo de receitas bastante resiliente e diversificado. O fluxo de caixa das atividades de investimento atingiu R$ 13,7 milhões, enquanto o fluxo de caixa das atividades de financiamento totalizou um saldo positivo de R$ 177,9 milhões, influenciado pelos desembolsos para pagamento de dividendos e JCP (R$ 133,9 milhões) e para recompra de ações (R$ 54,0 milhões). Em decorrência principalmente do comportamento destes fluxos, o saldo de caixa e equivalentes de caixa ficou praticamente estável durante o trimestre.
No encerramento do segundo trimestre de 2015, a dívida bruta da Cetip de curto e longo prazo (debêntures, empréstimos e arrendamentos financeiros) totalizava R$ 1,2 bilhão, enquanto os instrumentos financeiros derivativos somados às disponibilidades e aplicações financeiras livres somavam R$ 1,0 bilhão. Assim, o endividamento líquido da Companhia era de R$ 144,9 milhões em 30 de junho, com redução de R$ 62,8 milhões em relação ao final do segundo trimestre de 2014. A relação dívida líquida sobre EBITDA ajustado acumulado em 12 meses era de 0,2 vezes ao final do segundo trimestre de 2015, e o índice de alavancagem financeira (dívida líquida/total do capital) de 7,8%, demonstrando a sólida posição financeira da Companhia.

 

 

Programa de Investimento da Cetip no 2° Trimestre de 2015

Os investimentos totais (“CAPEX”)  Cetip (CTIP3) somaram R$ 13,7 milhões no segundo trimestre de 2015, equivalentes a 4,8% da receita líquida do período, montante 2,0% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2015 e 24,3% maior que o de segundo trimestre de 2014. O CAPEX do segundo trimestre de 2015estava assim dividido: 66,9% destinados ao desenvolvimento de produtos; 26,4% para manutenção e expansão da capacidade do parque tecnológico; e 6,7% para instalações. O CAPEX de desenvolvimento de produtos foi destinado principalmente aos seguintes projetos: CCP; Cetip Contratos; COE; Depositária; Formalização Eletrônica; Gravames sobre ativos financeiros; Imobiliário; e Redução de TED para Valor Zero. Já os investimentos em instalações relacionados ao plano de mudança das equipes atualmente situadas em Santana de Parnaíba, Rio de Janeiro e São Paulo (parte) para o novo site em Barueri foram responsáveis pelo crescimento expressivo desta linha de CAPEX no segundo trimestre de 2015 quando comparada ao mesmo trimestre de 2014.

 

 

Patrimônio Líquido da Cetip no 2° Trimestre de 2015

O patrimônio líquido da Cetip (CTIP3) no segundo trimestre de 2015 foi de R$ 1.705.020 bilhões. A variação do primeiro trimestre de 2015 contra o  primeiro trimestre de 2014 (R$1.838.232 bilhões), a variação foi de -7,25%.

 

 

Ativos Totais da Cetip no 2° Trimestre de 2015

Os ativos totais da Cetip (CTIP3) no segundo trimestre de 2015 foi de R$ 3.319.649 bilhões. A variação do segundo trimestre de 2015 contra o  primeiro trimestre de 2014 (R$3.329.429 bilhões), a variação foi de -0,29%.

 

 

Pagamento de Dividendos da Cetip no 2° Trimestre de 2015

Em 19 de junho de 2015, o Conselho de Administração da Cetip (CTIP3) aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio relativos ao segundo trimestre de 2015 no montante de R$ 22,8 milhões, equivalentes a R$ 0,0872 brutos por ação, a serem pagos em 10 de agosto de 2015. Adicionalmente, o Conselho de Administração da Companhia aprovou, em 5 de agosto de 2015, a distribuição adicional de R$ 78,1 milhões (R$ 0,2990 por ação) sob a forma de dividendos intermediários, a serem pagos em 8 de outubro 2015. Desta forma, a distribuição total de dividendos intermediários e juros sobre o capital próprio relativos ao segundo trimestre de 2015 atingirá R$ 100,9 milhões, equivalentes a 85,0% do resultado do período. Em reunião realizada em 04 de março de 2015, o Conselho de Administração aprovou o Segundo Programa de Recompra de Ações de emissão da Companhia, com início na data de aprovação e término em 3 de março de 2016. O limite de ações que poderá ser adquirido pela Cetip é de 5.400.000 ações ordinárias, que representavam 2,13% do total de ações em circulação no mercado. Até 30 de junho de 2015, a Cetip recomprou 2.291.500 ações, a um custo de R$ 74,9 milhões, reforçando o compromisso da Companhia com a geração de valor aos seus acionistas.

 

 

A Cetip no Mercado de Capitais no 2° Trimestre de 2015

As açõesda Cetip (CTIP3) encerraram o segundo trimestre de 2015 cotadas a R$ 34,08, o que representa uma valorização de 9,6% em relação ao fechamento do trimestre anterior, desempenho comparado à valorização de 3,8% apresentada pelo Ibovespa no mesmo período. Em relação ao fim do segundo trimestre de 2014, as ações da Cetip tiveram valorização de 13,4%, ante uma queda de 0,2% do Ibovespa. O volume financeiro médio diário negociado de (CTIP3) atingiu R$ 47,8 milhões no segundo trimestre de 2015, mesmo nível apresentado no segundo trimestre de 2014. O valor de mercado da Cetip em 30 de junho de 2015 era de R$ 8,9 bilhões.

 

 

 

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– Relatório sobre os resultados operacionais e financeiros da Cetip (Ctip3) no 1° trimestre de 2015

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