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Na semana, as atenções se voltam para a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na quinta-feira, com os detalhes sobre os votos do membro do Comitê que manteve a taxa básica de juros, Selic, inalterada em 14,25% ao ano. A expectativa é com a explicação sobre a mudança no discurso do Banco Central (BC), que queria trazer a inflação do IPCA para a meta de 4,5% já no ano que vem. No comunicado que manteve a taxa de juros, o BC substituiu 2016 pela expressão “num horizonte relevante de política monetária”, o que pode significar meados de 2017. Na prática, o BC desiste de aumentar mais os juros para derrubar a inflação no curto prazo, o que pode ter impactos na credibilidade da instituição e obrigar a manutenção dos juros elevados por mais tempo. Segundo o Banco Fator, um ponto importante da ata será a referência à política fiscal, uma vez que o governo deve anunciar um déficit maior para este ano, o que complica ainda mais o controle da inflação. Os resultados do Governo Central serão conhecidos na quinta-feira e os do setor público consolidado, na sexta-feira. Há também a questão da alta mais forte do dólar – a moeda americana subiu 4% entre a reunião anterior do Copom e a da semana passada – e do reajuste dos combustíveis.
IGP-M de 2% em outubro
A discussão sobre a política monetária e a inflação será reforçada na quinta-feira com a divulgação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice deve vir com forte alta, pressionado pelos preços no atacado por conta da alta do dólar e dos combustíveis. A previsão do Banco Fator é que o IGP-M suba 2,02% em outubro e acumule 10,24% em 12 meses. Se repetida por 12 meses, essa taxa de 2,02% equivaleria a uma alta de 27,12% anualizados, o que mostra o impacto que deve ter nas expectativas do mercado. Nesse percentual, a maior pressão deve vir dos preços no atacado, que devem acumular em 12 meses 14,04% nos preços agrícolas e 11,15% para os industriais. Os preços no varejo, por sua vez, devem bater 10% de alta em 12 meses.
Antes, na terça-feira, o BC divulga os dados de crédito do sistema financeiro de setembro, que deve mostrar uma queda no rimo de crescimento dos empréstimos e aumento da inadimplência. Na quinta-feira, o IBGE divulga os números do desemprego no país em setembro. A expectativa da LCA é de redução de 70,5 mil postos de trabalho.
Reunião do PT
Na agenda política, destaque para a reunião da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores na quarta-feira, diz 28, e do Diretório Nacional na quinta-feira, dia 29, e que podem servir de pretexto para uma nova onda de críticas à política econômica do governo Dilma Rousseff e do ministro Joaquim Levy.
Nos EUA, PIB e juros
O Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) se reúne na quarta-feira para decidir o futuro das taxas de juros dos EUA. A expectativa da consultoria MCM é de que os juros sejam mantidos em 0,25% ao ano, mas pode ser que surja alguma indicação sobre quando as taxas voltaram a subir. O mercado está dividido entre dezembro e o início do ano que vem. Também na quinta-feira, será conhecida a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre.
Bradesco, Embraer e Klabin divulgam balanços
Na agenda corporativa, destaque para o balanço do terceiro trimestre do Bradesco na quinta-feira, juntamente com o Santander. BR Foods, Embraer e Klabin também são destaques da semana.
Segunda-feira, 26 de outubro
O Tesouro divulgara o seu relatório mensal sobre a dívida pública referente ao mês de outubro. As expectativas do mercado serão divulgadas pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus. O Banco Central divulga também seu relatório sobre as operações no mercado aberto. Na China, será conhecido o lucro industrial de setembro. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga sua sondagem do consumidor. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga sua sondagem sobre a indústria da construção de setembro. Saem dados do clima de negócios em outubro da Alemanha e as vendas de casa e a sondagem manufatureira de Dallas nos EUA.
Divulgam seus resultados no terceiro trimestre Klabin, M. Dias Branco, OuroFino e Transmissão Paulista.
Terça-feira, 27 de outubro
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da indústria de transformação em setembro. A Fipe divulga o seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da terceira quadrissemana de outubro. O Banco Central divulga o balanço das operações de crédito e inadimplência dos bancos de setembro. Os custos da construção de outubro (INCC) serão revelados pela FGV. No mercado externo, nos EUA, sai a prévia do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, calculado pelo Markit, de outubro, bem como os preços de casas de agosto do índice S&P Case-Shiller, bem como a confiança do consumidor do Conference Board e a sondagem da manufatura do Fed de Richmond de outubro. Já o Reino Unido divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.
Divulgam seus resultados CCR, Embraer, Indústrias Romi e Lojas Marisa.
Quarta-feira, 28 de outubro
A FGV divulga a sua sondagem industrial referente ao mês de outubro e o Índice Nacional de Expectativas do Consumidor da Confederação Nacional da Índústria (CNI) de outubro. O Fomc se reúne para decidir o futuro dos juros nos EUA. Ainda no mercado internacional, será conhecida a produção industrial do Japão em setembro. A expectativa da corretora Concórdia é de nova retração de 0,5%, depois da indústria do país já ter recuado 1,2% em agosto. Saem também os dados de estoques de petróleo bruto e gasolina e os pedidos de hipotecas semanais.
Divulgam seus resultados Energias do Brasil, JSL, Multiplan, Odontoprev, Paranapanema, Santos Brasil, Totvs, ViaVarejo e Weg.
Quinta-feira, 29 de outubro
O BC divulga a ata do Copom sobre a última reunião do Comitê, que manteve a Selic inalterada em 14,25% ao ano. A FGV divulga o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de outubro. A expectativa da Concórdia é de forte aceleração no mês, com alta de 1,99%, contra alta de 0,95% em setembro. Já o Banco Fator estima alta de 2,02%, de 8,35% no acumulado do ano e 10,24% em 12 meses. O IBGE divulga a taxa de desemprego de agosto pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua.
O Tesouro Nacional divulga também o resultado primário do Governo Central, formado pelo próprio Tesouro, Banco Central e Previdência, relativo a setembro. A expectativa da Fator é de déficit de R$ 13,2 bilhões. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Nos EUA, sai a primeira prévia do PIB do país no terceiro trimestre e as vendas pendentes de casas de setembro. Na Europa, serão divulgados o Índice de Confiança na Economia, Confiança do Empresário, Confiança Industrial, Índice de Confiança em Serviços e a Confiança do Consumidor relativos a outubro.
Divulgam seus resultados Bradesco, Santander, BR Foods, Cia Hering, Duratex, Equatorial Energia, Fleury, Gerdau Pão de Açúcar, RaiaDrogasil, SulAmérica, Technos e Usiminas.
Sexta-feira, 30 de outubro
O BC divulga o resultado primário do setor público consolidado relativo a setembro. A FGV solta a Sondagem de Serviços de outubro. Nos EUA, saem dados de renda pessoal, renda disponível, gasto pessoal e o deflator dos gastos pessoais (PCE), que é usado pelo Fed como indicador de inflação da economia, todos relativos a setembro. A Universidade de Michigan divulga seu índice de confiança do consumidor regional. E o Instituto de Gerentes de Suprimento anuncia o PMI de Chicago. Na Europa, será conhecido o desemprego na zona do euro em setembro. A expectativa da corretora Concórdia é de que ele se mantenha em 11%. Sai também o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro relativo a outubro.
Hipermarcas divulga seu balanço do terceiro trimestre.
