Catalunha aprova independência e governo espanhol alega inconstitucionalidade

O presidente espanhol, Mariano Rajoy, anunciou hoje que o Executivo vai interpor “recurso de inconstitucionalidade” para travar a resolução do Parlamento catalão, que aprovou o início do processo de independência da região. A decisão pode complicar ainda mais a recuperação da economia espanhola, que passa por forte retração desde a crise da dívida dos governos europeus.

O parlamento catalão aprovou hoje resolução de partidos independentes que marca o início do processo de independência da Catalunha. Todos os pontos da resolução foram aprovados, sem surpresa, com 72 votos a favor e 63 votos contra. No momento final da votação, alguns deputados exibiram bandeiras da Espanha e a bandeira oficial da Catalunha, a Senyera. A resolução inicia o processo de criação do Estado catalão independente que terá a forma de república.

“No mesmo momento em que se aprovou a declaração [no Parlamento catalão]“, o governo tomou a decisão e “vai interpor um recurso de inconstitucionalidade”, disse Rajoy, numa curta declaração à imprensa em Béjar (Salamanca).

Rajoy acrescentou que “após a reunião extraordinária do conselho de ministros de quarta-feira” assinará o decreto de inconstitucionalidade, para pedir a “suspensão imediata desta iniciativa e de todos os seus possíveis efeitos”.

“O governo não vai permitir que isto continue. Vamos utilizar todos os meios que o Estado de Direito pôs nas mãos da democracia” para impedir a medida, disse Rajoy, acrescentando que convocou para amanhã reunião com o principal líder da oposição, o socialista Pedro Sánchez, para discutir o problema da Catalunha.

Em 20 de dezembro deste ano realizam-se eleições gerais na Espanha. Rajoy vem acertando posições políticas com os principais partidos quanto à resolução do problema de soberania da região catalã.

As informações são da Agência Brasil.