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Ibovespa cai 2% com prisão de senador e banqueiro; BTG perde 20%; O dólar sobe 2%

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O Índice Bovespa abriu o dia em queda com as notícias sobe a prisão do senador e líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), o que deve complicar ainda mas as votações de interesse do Executivo no Congresso e o ajuste fiscal. Os juros e o dólar também estão em alta, diante da expectativa de que o ajuste fiscal pode ser adiado e que o clima político se complicará ainda mais para o governo. A prisão do banqueiro André Esteves também pesa sobre o mercado, uma vez que ele comanda o maior banco de investimentos da América Latina, o BTG Pactual. As units (recibos de ações) do BTG caíam 20%.

Às 12h15, o Ibovespa recuava 2,06%, para 47.29 pontos, puxado pelos bancos, Petrobras e Vale. As ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco, com o maior peso no Ibovespa, perdiam 3,58%, com o receio de que as prisões possam levar o país a perder o grau de investimento ainda mais cedo pela piora da situação fiscal. As PN do Bradesco recuavam 3,39% e as ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 2,80%. As units do Santander perdiam 2,7%.

Petrobras ON perdia 3,35% enquanto a PN recuava 3,53%. Além da piora do país, há a queda do preço do petróleo no mercado internacional. Vale ON e Vale PN recuam cerca de 1%.

As maiores quedas no Ibovespa eram de Qualicorp ON, com -4,40%, seguida de Smiles ON, com -4,1%, Marfrig ON, com -3,7% e Rumo Logística, com -3,69%. Apenas dez papéis dos 64 do Ibovespa estavam em alta, liderados por Metalúrgica Gerdau PN, com 4,15%, Fibria ON, 3,60%, CSN ON, 3,15% e Gerdau PN, 1,79%.

Maior volume é do BTG

Mas o destaque do dia são os papéis do BTG Pactual, atingidos pela prisão de seu presidente e principal executivo, André Esteves. O papel lidera as quedas da bolsa em geral, com 20,56% de perda, e também o volume negociado, com R$ 158 milhões até o meio-dia, superando até Itaú (R$ 142 milhões) e Petrobras (R$ 116 milhões) em movimentação financeira. O banco é destaque em várias agências internacionais, que destacam o envolvimento do maior banco de investimentos da América Latina e de seu fundador, André Esteves, no escândalo de corrupção da Operação Lava Jato.

Impacto no ajuste fiscal

A prisão vem no momento em que o governo luta para aprovar o orçamento do ano que vem e que, se não for aprovado até dezembro, pode desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal e complicar ainda mais a situação da presidente Dilma Rousseff. Há ainda outros projetos, como o de repatriação de recursos irregulares de brasileiros no exterior, que está parado no Senado, e a aprovação da CPMF, que vão ter sua discussão paralisada e podem comprometer as metas fiscais do governo. A expectativa é de dificuldade maior do Executivo, que já tinha uma base parlamentar frágil para aprovar seus projetos. Diante desses fatores, crescem as chances de país perder seu grau de investimento, ainda mantido pelas agências Fitch e Moodys. “É mais um ruído para o ambiente econômico já tumultuado”, resume Jankiel Santos, economista-chefe do chinês Banco Haitong, que comprou o Banco Espírito Santo.

Petróleo cai

No exterior, o clima melhorou apesar das trocas de provocações entre a Rússia e a Turquia e seus aliados ainda por conta da derrubada de um avião russo pelas forças turcas na Síria. O petróleo está em baixa diante da expectativa de dados de aumento nos estoques nos Estados Unidos.

O barril do petróleo WTI, negociado em Nova York, caía 1,66%, para US$ 42,16, enquanto o tipo Brent perdia 1,84%, para US$ 45,27. O ouro também está em queda, acompanhando a melhor preocupação com um conflito entre russos e turcos. A onça-troy (31,104 gramas) recuava 0,54% em Nova York, para US$ 1.069,85.

Bolsas na Europa sobem com BCE

Na Europa, as bolsas sobem, recuperando parte das perdas de ontem e depois que o Banco Central Europeu declarou que há riscos de uma reversão abrupta na economia mundial por conta do enfraquecimento da economia chinesa e do aumento dos juros nos EUA. As declarações fizeram o mercado acreditar que o BCE pode anunciar novas medidas de estímulo à economia na sua reunião da semana que vem.

O Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na região, subia 1,41%, enquanto o Financial Times, de Londres, ganhava 0,98%. O DAX, de Frankfurt, sobe 1,83%, e o CAC, de Paris, 1,48%.

Encomendas de bens duráveis e seguro-desemprego nos EUA

Nos EUA, os dados da economia reforçam a recuperação da atividade e surpreendem para cima. As encomendas de equipamentos subiram mais que o esperado em outubro, indicando que as empresas estão confiantes na recuperação do consumo. As encomendas de bens de capital excluindo aeronaves subiram 1,3% em outubro, o maior número em tr~es meses, informou o Departamento do Comércio dos EUA. As ordens para bens de capital em geral subiram 3%, o dobro do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg. Houve também queda nos estoques de bens duráveis das fábricas, de 0,2%.

Na mesma linha, os pedidos de seguro-desemprego nos EUA caíram mais que o esperado na semana passada, indicado que o mercado de trabalho também segue forte. Os primeiros pedidos caíram em 12 mil, para 260 mil na semana encerrada dia 21 de novembro. O número esperado pelo mercado era de 270 mil pedidos.

No mercado futuro americano, o Índice Dow Jones subia 0,28%, enquanto o Standard & Poor’s 500 futuro ganhava 0,24%.

Juros mais longos sobem

No mercado de juros, as taxas futuras na BM&FBovespa tiveram alta expressiva, especialmente os mais longos. O contrato para janeiro de 2016, que praticamente tem mais um mês de negociação, subiu menos, de 14,17% para 14,18% hoje. O contrato para 2017 passou de 15,21% para 15,29%, o para 2018, de 15,43% para 15,57%, o para 2019, de 15,46% para 15,66% e o para 2021, de 15,26% para 15,48%.

Dólar volta a R$ 3,80

No mercado de câmbio, o dólar comercial voltou para R$ 3,80, com alta de 2,64%, diante da expectativa de piora das contas públicas pelo agravamento da turbulência política. O dólar turismo sobe 1,27%, para R$ 3,96.

 

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