Por Daniel Rosenthal
A maioria das notícias e perspectivas são negativas e desanimadoras, mas com base em quê?
O Brasil sempre foi um país de crises e deixando o setor imobiliário de lado, vivenciamos crises permanentes em nossas vidas seja em nossas casas, no trabalho, com maridos e esposas e nosso time de futebol, então, porque o espanto e desânimo? Elas são cíclicas e ninguém e nenhuma nação estão isentos delas.
Adicionado ao momento da crise atual, o modelo de negócios mudou e numa velocidade que poucos acompanharam, por isso temos uma situação estranha e desafiadora, mas que traz a necessidade de inovar e ajustar o que for preciso para sobrevivermos e prosperarmos.
Falando especificamente do segmento imobiliário, o Brasil será por muitos anos um país com forte carência de moradias e obras de infraestrutura, o que mostra que não iremos parar, apenas devemos nos atentar para os novos formatos de negócios e oportunidades.
No fim de agosto de 2015, de acordo com dados da BM&Bovespa, o valor de mercado dos 127 fundos imobiliários listados era de R$24,4 bilhões, ao passo que o patrimônio líquido somava R$37 bilhões,. Esta diferença de R$13 bilhões tem atraído investidores estrangeiros internacionais em busca de uma futura valorização. Nos Estados Unidos, os investidores institucionais são os principais investidores deste produto.
De acordo com a ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), a compra do imóvel por meio de consórcio passou ser a saída para evitar as taxas de juros altas e a restrição do crédito imobiliário. Houve um crescimento de novas cotas de 50,3% de janeiro a julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2014 e foram usados R$57 milhões do FGTS por quase dois mil trabalhadores nos sete primeiros meses deste ano.
Enfim, sempre há oportunidades com ou sem crise, porém os profissionais que atuam neste setor devem se atentar que o mesmo é muito sensível a questões econômicas e o processo de mudança atual é mais dinâmico e carece de rápida adaptação.
Não há mais espaço para os “dores” – amadores e lamentadores, mas sim, para aqueles que enxergam oportunidades e geram novos negócios, ou seja, aqueles que permanecem com o brilho nos olhos de acreditar e continuar vendendo, fazendo com que seus clientes tenham o mesmo brilho e sentimento de acreditar e permanecer comprando.
Daniel Rosenthal é corretor de imóveis, administrador de empresas, diretor da Casabranca Negócios Imobiliários, Taurus Marketing e representante da Lennar International no Brasil.