De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o confronto com igual mês do ano anterior, a produção total da indústria nacional apontou redução de 10,9% em setembro de 2015, sendo a décima nona taxa negativa consecutiva registrada pelo indicador, sendo mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%). As variações para este tipo de indicador dos últimos seis meses foram: março (-3,3%), abril (-7,7%), maio (-8,8%), junho (-2,8%), julho (-8,9%) e agosto (-9,0%).
Na comparação com setembro de 2014 houve queda disseminada de resultados negativos alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 68 dos 79 grupos e 76,8% dos 805 produtos pesquisados.
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de Setembro de 2015
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 39,3%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande parte, pela redução na produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e autopeças.
Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2014, entre as duas atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (2,6%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro em bruto e pelotizados.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-31,7%) e bens de consumo duráveis (-27,8%) assinalaram, em setembro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,4%) e de bens intermediários (-7,2%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-10,9%).
Bens de Capital
O setor produtor de bens de capital, ao recuar 31,7% no índice mensal de setembro de 2015, assinalou a décima nona taxa negativa consecutiva, com queda próxima da verificada no mês anterior (-33,0%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 38,4% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, embarcações, vagões para transporte de mercadorias e ônibus. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-37,9%), para fins industriais (-9,7%), para construção (-55,4%), agrícola (-24,8%) e para energia elétrica (-14,2%).
Bens de Consumo Duráveis
Bens Intermediários
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal, produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro.
Iniciada na década de setenta, a pesquisa abrange todo o território nacional e é divulgada mensalmente, em duas versões: PIM-PF e PIMES.
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. O IBGE divulga mensalmente dois relatórios sobre a produção física no Brasil: um nacional e outro regional.
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) avalia o comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais do país.
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