O que você deve considerar quando pensar em comprar em um investimento imobiliário nos Estados Unidos.
Por Daniel Rosenthal
1) Tenha claro seu objetivo
Seja diversificação e valorização do patrimônio? Renda? Ou uma mescla de investimento, renda e lazer, ter em mente seu objetivo vai facilitar que os consultores de imóveis encontrem exatamente o que você quer. “Um exemplo é o fato de que dependendo da região não se permite locação por temporada e outras apresentam melhores condições e retornos financeiros”, orienta Daniel Rosenthal, consultor imobiliário internacional e idealizador do evento Investir USA Expo no Brasil.
“Logo, se você pretende ter renda com locação, o corretor já elimina diversas regiões e oferece opções com assertividade”. A clareza de objetivo também ajuda os profissionais a fazerem o seu planejamento tributário, que vai variar de acordo com seus objetivos.
2) Trabalhe com profissionais especializados
Diferente do Brasil, nos Estados Unidos o costume de comprar imóveis diretamente com o proprietário não é difundido. Lá existe a figura do Realtor, um corretor de imóveis que vai estar com você o tempo todo na busca pelo melhor negócio.
Ele vai ser a ponte com os profissionais necessários para a realizar o negócio: advogado, contador e consultor do financiamento, se for utilizado esta modalidade de pagamento. “Nos EUA, a figura do corretor é realmente valorizada. Não existe compra sem ele. E mais importante: o preço do imóvel vai ser o mesmo com ou sem corretor.”
3) Abandone a cultura brasileira de fazer negócios
O American Business Way não dá brecha para atrasos em documentações, não dá descontos – mas, sim, dá benefícios e valoriza parcerias – e não aceita “reservas” de imóveis. “Ou você está interessado ou não. Pagou, é seu”, diz Rosenthal, lembrando que também não existe negociação para desistências.
“Começou a pagar pelo negócio e desistiu? Não há devolução do dinheiro. Houve atraso? Vai ter multa.” As regras e os prazos são transparentes e se espera que sejam realmente cumpridos. Enfim, esqueça o jeitinho brasileiro.
4) Comprove a origem do seu dinheiro
Toda transação é oficial e passa pelo Banco Central do Brasil. Se a origem do dinheiro com o qual você vai realizar a compra não for comprovada, não há negócio.”Tudo é muito transparente.”
5) Não faça a compra como pessoa física
O imposto de sucessão de imóveis nos Estados Unidos passa de 40% . Para evitar essa taxação e ter seu investimento na aquisição do imóvel protegido, basta abrir uma empresa e fazer a compra com status de pessoa jurídica.
O orientação de um advogado especializado e um contador ajudarão na abertura de uma empresa – normalmente uma LLC (Limited Liability Companies, ou companhia de responsabilidade limitada) – num processo simples, rápido e que custa cerca de US$ 1000.”Não é obrigatório, mas o seu investimento estará mais protegido.”
6) Imóvel melhor decorado e com infraestrutura tem vantagem na hora da locação e vacância.
Nos Estados Unidos existem empresas encarregadas pela gestão da locação e manutenção do imóvel, uma vez que as mesmas exigem uma estrutura mínima para que uma casa seja alugada. “Se ela for destinada a quatros pessoas, terá que ter quatro jogos de pratos, talheres e copos para diferentes tipos de bebidas, por exemplo”, explica Rosenthal. “Vale a pena deixar a manutenção e decoração na mão de profissionais, pois trarão os melhores resultados na locação”.