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Brasil perdeu R$ 2 tri com queda no PIB no 3º trimestre e não há saída à vista, diz economista

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A retração de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre representa a perda de R$ 2 trilhões para o país, avalia o economista Pedro Paulo Silveira. Ele destaca como fatores para a retração da atividade econômica a queda nos investimentos, as paralisações de obras por conta da Operação Lava Jato e a queda no consumo. Na análise de Silveira, esse quadro está longe de ser revertido, pois implica em uma “agenda que está longe de ser assegurada, pois os interesses que levaram a essa situação ainda estão predominando no cenário”.

O economista destaca a queda nos investimentos desde 2013, quando o então presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, anunciou que iria começar a retirar os estímulos ao mercado feitos no âmbito do programa de Quantitative Easing. Com isso, os juros subiram abruptamente e os investidores passaram a cortar seus investimentos. Dentro dessa taxa estão os gastos dos governos e estatais em investimentos, como os da Petrobras e da Eletrobrás, obras do Metrô, casas do Minha Casa Minha Vida e de infraestrutura.

Os investimentos das empresas passaram de uma taxa de crescimento de 7,2% ao ano entre 2003 e 2013 para queda de 22% em 2014 em termos absolutos. Como os investimentos têm peso de 18% no PIB, a queda de 22% provocou um impacto negativo de 7,9% no crescimento do país.

Isso levou o governo a tomar medidas para tentar reverter a queda dos investimentos, como desonerar a folha de pagamentos e retirar impostos sobre veículos, linha branca (eletrodomésticos), linha marrom (móveis) e a incentivar a utilização do crédito via bancos oficiais.

A forte queda nos investimentos também afetou o consumo das famílias ao comprometer a atividade econômica. Desde o terceiro trimestre de 2014 a queda total no consumo foi de 5,32%, que gerou um impacto de cerca de 6,6% do PIB no período.

Projeção

Para o economista, a mudança não virá em breve. Isso porque as causas que levaram à formação dos fatores que irromperam na crise ainda têm força no presente. Elas vem do setor externo, com a alta dos juros nos EUA e a queda das commodities, da natureza, com a seca afetando o abastecimento de energia e de alimentos, do governo e da oposição. “Mas a maior parte desses ‘culpados’ está fechada para o diálogo”, afirma.

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