Em novo dia de forte queda, unit do BTG recua 10%; bolsa deve chamar mais margens

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Ainda pressionado pelo escândalo da prisão de seu então presidente e principal acionista André Esteves na Operação Lava Jato, o BTG Pactual volta a registrar hoje fortes perdas em bolsa. Às 14h45, as units (recibos de ações) do banco perdiam 10,23%, cotadas a R$ 13,42.

Ontem, o diretor jurídico do Fundo Garantidor de Creditos (FGC), Caetano Vasconcellos, afirmou que o BTG já sacou R$ 2 bilhões dos R$ 6 bilhões da linha de credito concedida pelo fundo. Ele explicou que o valor será liberado em tranches, de acordo com a necessidade da tesouraria da banco de investimentos. Ele espera que os recursos sejam suficientes até o primeiro semestre do ano que vem.

No mesmo horário, o Índice Bovespa subia 3,75%, aos 46.111 pontos, com ajuda da Petrobras, da Vale e dos bancos, principalmente. Os papéis ordinários (ON, com voto) e preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras tinham avanços de 10,77% e 7,29%, respectivamente, refletindo o otimismo dos investidores com os desdobramentos da abertura do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. No mesmo sentido, Vale ON ganhava 5,58%, com Vale PNA, 5,26%, Bradesco PN, 4,74%, Itaú Unibanco PN, 5,39%, Banco do Brasil ON, 8,37%, e as units do Santander, 3,56%.

Margem de R$ 100 milhões só hoje no termo

A queda das ações deve levar a BM&FBovespa a chamar mais margens de garantia dos investidores que fazem operações a termo com os papéis do BTG Pactual. No termo, o investidor compra uma ação para pagar em prazos de um a 12 meses, mas tem de depositar garantias na bolsa. É uma forma que os investidores têm de se alavancar e comprar mais ações do que podem, com a aposta de que o papel estará mais caro na data do pagamento e eles terão travado um valor mais baixo. Mas, se até o vencimento do termo o preço do papel cai, o investidor perde, e a bolsa exige que ele deposite mais recursos como garantia. É o que acontece hoje com o BTG.

No caso do BTG, há cerca de 340 contratos de termo em um valor que supera R$ 1 bilhão, diz um operador de uma corretora que pediu para não ter seu nome citado. Apenas hoje, com a queda de 10%, a chamada de margem da bolsa deve ser de R$ 100 milhões. “Nos últimos dias, esses investidores já tiveram de depositar na bolsa uns R$ 500 milhões por conta da queda no valor do papel”, diz o operador. “E deve ser um grande investidor, para aguentar essas chamadas todas de margem”, avalia.

Alguns investidores fazem essa operação como um financiamento, compram as ações a termo e ao mesmo tempo vendem a mesma quantidade, garantindo a rentabilidade. É o que fazem alguns fundos de ações.

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