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Moody’s rebaixa BTG Pactual pelas pressões após prisão de Esteves

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A agência americana Moody’s Investors Service rebaixou hoje as notas de crédito do Banco BTG Pactual, alegando que a instituição enfrenta “desafios” para conservar sua liquidez e preservar sua franquia diante dos desdobramentos provocados pela prisão de seu então presidente e principal executivo André Esteves. A agência rebaixou ainda a nota das filiais do banco e avisa que pode fazer novos rebaixamentos.

A avaliação de perfil de risco de crédito individual (BCA) do Banco BTG Pactual caiu de para ba2 de baa3, e seus ratings, incluindo os de depósito de longo prazo em escala global e em moedas local e estrangeira para Ba2 de Baa3. Os ratings de depósito de curto prazo em escala global e em moedas local e estrangeira passaram para “Not Prime”, de “Prime-3”. O rating em moeda estrangeira do programa MTN sênior sem garantia caiu para (P)Ba2, de (P)Baa3. E o rating de depósito de longo prazo em escala nacional brasileira (“SNR”) passou para A1.br, de Aa1.br.

Ao mesmo tempo, a Moody’s rebaixou os ratings atribuídos às filiais do Banco BTG Pactual S.A em Grand Cayman e Luxemburgo, incluindo os ratings da dívida sênior sem garantia em moeda estrangeira para Ba2 de Baa3. O rating da dívida subordinada em moeda estrangeira passou para Ba3, de Ba1, e o rating de ação preferencial não cumulativa em moeda estrangeira para B2(hyb), de Ba3(hyb). A Moody’s havia colocado os ratings do banco e de suas filiais em revisão para rebaixamento em 25 de novembro, “e continuam em revisão para potencial rebaixamento adicional”.

Pressões devem continuar

Segundo a Moody’s, a dependência de recursos de mercado, sensíveis à confiança, levou a administração do banco a adotar medidas destinadas à conservação do caixa, incluindo vendas de ativos e uma suspensão da concessão de novos empréstimos, com o objetivo de gerir sua flexibilidade financeira.

Apesar de as medidas serem destinadas a restaurar a confiança de seus clientes e contrapartes, a Moody’s observa que o banco continuará exposto a pressões de liquidez se esses esforços não forem eficazes.

Custo mais alto

Em qualquer caso, o BTG deverá enfrentar um custo mais elevado de captação que pressionará sua habilidade para obter níveis elevados de rentabilidade “que têm sido importantes na formação de seu capital”. A Moody’s destaca, porém, que “reconhece o nível da equipe de administração, e sua plataforma diversificada de negócios que poderia ajudar a mitigar a incerteza em torno de seu desempenho futuro”.

Durante o período de revisão, a Moody’s disse que avaliará as ações adotadas pelo banco para garantir a sustentabilidade de sua liquidez e geração de lucros, e reduzir quaisquer efeitos que esses desdobramentos possam ter sobre as relações do BTG com clientes e contrapartes.

Risco de envolvimento do banco

O que poderia levar o banco a sofrer um novo rebaixamento seria o BTG enfrentar pressões contínuas de saques e dificuldades em captar que poderiam levar a riscos maiores de gestão de sua posição financeira. Outro risco é se a capacidade de gerar negócios estiver significativamente prejudicada. Há ainda a possibilidade de as investigações encontrarem ligações entre as ações de Esteves com as operações do BTG, o que pode ter implicações negativas de franquia, regulatórias ou outras de âmbito jurídico para o banco;

A Moody’s não vê possibilidade de melhora da nota do banco, mas diz que o rating pode ser mantido se a agência concluir que a companhia pode manter sua liquidez e sustentar um nível adequado de receita e capacidade de geração de lucro.

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