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Em ano difícil, Aditus recomenda ações de exportadoras e grandes companhias

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Na largada de um ano novo pautado pela agenda política brasileira, o sócio da consultoria financeira Aditus, Guilherme Benites, vê um 2016 em que os fundamentos das empresas terão pouco valor no mercado financeiro. Para ele, as negociações em ações no curto e médio prazo darão prioridade à liquidez dos ativos, de olho em papéis que apresentem reações rápidas diante do noticiário político do país. Nesse sentido, Benites cita ações de grandes empresas, como bancos, e nomes como BR Foods (BOV:BRFS3) e Ambev (BOV:ABEV3).

Como complemento dessa estratégia defensiva, em meio ao cenário desafiador para o investidor, o consultor indica ainda proximidade com setores que se beneficiem com o câmbio valorizado, como é o caso das exportadoras de papel e celulose Fibria (BOV:FIBR3), Klabin (BOV:KLBN3, BOV:KLBN4 e BOV:KLBN11) e Suzano (BOV:SUZB6 e BOV:SUZB11), setor que têm driblado os recentes derretimentos de preços das commodities no mercado internacional.

Segundo Benites, a exposição dos grandes investidores em renda variável tem caído nos últimos anos, de 15% para 5% da carteira aproximadamente, além de ter mudado de foco. Em 2012, por exemplo, os institucionais apostaram bastante nos chamados small caps, ativos de empresas pequenas e médias com potencial significativo de crescimento, estratégia que tem sido evitada por sua dependência forte com o desenvolvimento do mercado interno, atualmente comprometido pela retração da economia.

Apostas no exterior

As opções de investimentos no exterior, que no ano passado tiveram um momento forte entre os grandes investidores institucionais, perderam espaço com o aumento do câmbio nos últimos meses. Mesmo assim, as apostas não tinham estratégias tão sofisticadas e se limitavam, em sua maioria, a seguirem importantes índices americanos como o S&P.

No caso das escolhas da pessoa física, os investimentos fora do país foram e ainda são, embora em menor volume, mais variados, com destaque para a compra de papéis de companhias brasileiras lá fora com ganho maior e proteção em dólar, além dos que seguem os índices, como os Exchange Traded Funds (ETF, fundos de índices com cotas negociadas em bolsa) e ações já conhecidas.

Análise política

Diante dessa nova dependência entre o mercado e a política local, a Aditus tem acompanhado mais de perto os gestores de recursos que mais “compreenderam” os passos do governo em 2015. “Me lembro que em abril do ano passado a bolsa subiu 10% num só dia por conta da confiança depositada no ex-ministro Joaquim Levy, o que resultou no maior fluxo de estrangeiros na Bovespa dos últimos tempos”, afirma, justificando seu interesse por gestores que entendam do cenário político.

Como consultoria, a Aditus desenha estratégias de valor para seus clientes, assim como recomenda as melhores assets em cada um dos segmentos sugeridos, como crédito, ações, renda fixa etc. A casa trabalha hoje com cerca de 70 fundos de pensão, que juntos somam um patrimônio de R$ 90 bilhões, além de outros 30 clientes family offices com volume de recursos próximo de R$ 1 bilhão.

Só depois do Carnaval

Benites conta também que desde outubro do ano passado tem sentido o mercado num modo de “stop”, com pouca convicção do que vem pela frente. “Os fundos de pensão compraram NTN-B (Notas do Tesouro Nacional da série B) até não poder mais, enquanto as famílias ficaram com caixas enormes, à espera de uma sinalização de ‘para onde a coisa vai’”, explica. Na visão do consultor, o futuro só deve ficar mais claro com a retomada da atividade política no Congresso, que para ele só ocorrerá depois do Carnaval.

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