O grupo extremista Estado Islâmio (EI) reivindicou o ataque de hoje (c13) contra o consulado paquistanês na cidade afegã de Jalalabad, localizada perto da fronteira com o Paquistão, que deixou sete mortos.
Em um comunicado em árabe divulgado na rede social Twitter, os jihadistas, que têm avançado no Leste do Afeganistão, explicaram que o ataque foi conduzido por três combatentes do movimento, dos quais dois ativaram explosivos que carregavam amarrados ao corpo. O grupo não explicou o papel do terceiro envolvido.
Na mesma mensagem, o Estado Islâmico assegurou que o ataque destruiu o edifício do consulado e provocou a morte de “dezenas” de funcionários e de agentes dos serviços de informação paquistaneses.
O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqqi, disse, no entanto, que o ataque deixou sete mortos entre soldados e policiais.
As autoridades paquistanesas asseguraram que os funcionários do consulado estão sãos e salvos.
O grupo extremista é encarado como uma ameaça emergente no Afeganistão, onde tem feito incursões e desafiado os rebeldes talibãs em seu próprio território.
Os ‘jihadistas’ ocupam atualmente territórios extensos na Síria e no Iraque e têm estabelecido posições na província afegâ de Nangarhar, cuja capital é Jalalabad.
Este ataque acontece na mesma semana em que as possíveis negociações de paz com os talibãs ganharam um novo fôlego. Na segunda-feira, em um encontro em Islamabad, representantes do Afeganistão e de três outros países (Paquistão, Estados Unidos e China) iniciaram um novo projeto de negociações de paz com os talibãs, meio ano depois de o grupo insurgente ter interrompido as conversações de cessar-fogo com as autoridades de Cabul.