De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no confronto com igual mês do ano anterior, a produção total da indústria nacional apontou redução de 12,4% em novembro de 2015, sendo a vigésima primeira taxa negativa consecutiva registrada pelo indicador, sendo mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%). As variações para este tipo de indicador dos últimos meses foram: março (-3,3%), abril (-7,7%), maio (-8,8%), junho (-2,8%), julho (-8,9%), agosto (-9,0%), setembro (-10,9%) e outubro (-11,2%).
Na comparação com novembro de 2014, a queda alcançou as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 68 dos 79 grupos e 76,4% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 35,3%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-12,0%), de indústrias extrativas (-10,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,2%), de máquinas e equipamentos (-16,3%), de outros produtos químicos (-9,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-13,6%), de produtos de metal (-14,0%), de metalurgia (-9,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-11,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,2%), de outros equipamentos de transporte (-21,2%), de móveis (-22,9%), de produtos têxteis (-19,0%) e de produtos diversos (-20,6%).
Por outro lado, ainda na comparação com novembro de 2014, produtos alimentícios (0,7%) e bebidas (1,3%) foram as duas atividades que aumentaram a produção nesse mês.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-31,2%) e bens de consumo duráveis (-29,1%) assinalaram, em novembro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas.
Os setores produtores de bens intermediários (-10,8%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-4,8%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-12,4%).
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de 2015
Bens de Capital
O setor produtor de bens de capital, ao recuar 31,2% no índice mensal de novembro de 2015, assinalou a vigésima primeira taxa negativa consecutiva, com queda ligeiramente menos intensa do que a verificada no mês anterior (-32,8%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 35,2% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-37,0%), para construção (-53,8%), para fins industriais (-6,5%), agrícola (-21,5%) e para energia elétrica (-13,1%).
Bens de Consumo Duráveis
O segmento de bens de consumo duráveis recuou 29,1% no índice mensal de novembro de 2015, vigésimo primeiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-34,2%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (-18,6%) e da “linha marrom” (-25,8%). Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-37,2%), de móveis (-20,7%) e do grupamento de outros eletrodomésticos (-14,1%).
Bens de Consumo Semi e Não-Duráveis
A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-4,8%) em novembro de 2015 foi a décima terceira taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior, mas teve queda menos intensa do que as verificadas nos meses de julho (-9,1%), agosto (-7,3%), setembro (-7,2%) e outubro (-7,5%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados nos grupamentos de semiduráveis (-12,7%), de não-duráveis (-10,0%) e de carburantes (-3,1%).
Bens Intermediários
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários, com queda de 10,8% em novembro de 2015, assinalou a vigésima taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde julho de 2009 (-11,1%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-10,5%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-15,2%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-26,4%), de outros produtos químicos (-9,2%), de metalurgia (-9,0%), de produtos de minerais nãometálicos (-13,7%), de produtos de metal (-15,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-11,5%), de produtos têxteis (-20,9%), de celulose, papel e produtos de papel (-4,1%) e de produtos alimentícios (-0,9%), enquanto a única pressão positiva foi registrada por máquinas e
equipamentos (3,2%).
Entenda a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal, produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro.
Iniciada na década de setenta, a pesquisa abrange todo o território nacional e é divulgada mensalmente, em duas versões: PIM-PF e PIMES.
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. O IBGE divulga mensalmente dois relatórios sobre a produção física no Brasil: um nacional e outro regional.
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) avalia o comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais do país.
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