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PMI de Serviços do Brasil cai e mostra forte retração no emprego

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O Índice dos Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês) do setor de serviços teve forte queda em dezembro, passando de 45,5 em novembro para 43,5 no mês passado, informou hoje o Instituto Markit. O chamado Índice de Atividade de Negócios – Serviços mostrou uma contração acentuada e acelerada no nível de produção do setor, conforme relatório do Markit. Os entrevistados na pesquisa, em geral executivos de empresas do setor, comentaram que a piora das condições econômicas levou a uma diminuição do volume de novos negócios e da atividade. Todos os seis subsetores registraram queda em dezembro, tendência que tem sido observada ao longo dos últimos oito meses. As maiores taxas de declínio foram nas categorias “Outros Serviços”, Aluguel e Atividades de Negócios e Correios e Telecomunicações.

A queda em serviços reduziu os efeitos da melhora do PMI industrial, o que resultou em um PMI consolidado de 43,9 em dezembro, ante 44,5 em novembro. Números abaixo de 50 indicam retração da atividade.

Queda nos novos pedidos

A retração no setor de serviços foi acentuada pela queda adicional de novas encomendas e pedidos, diz o relatório. O ritmo de contração foi um dos mais rápidos registrados pela pesquisa, acelerando-se em relação a novembro. Os entrevistados atribuíram à piora da crise econômica uma restrição maior da confiança dos clientes, fazendo com que não se comprometessem com novos projetos.

Piora do mercado de trabalho foi a maior da série

O relatório do Markit destaca a piora do mercado de trabalho no país por conta da deterioração das condições econômicas, com os níveis de emprego caindo acentuadamente nos setores industriais e de serviços. O número de funcionários do setor de serviços teve a taxa de queda mais acentuada da história da pesquisa, refletindo o declínio continuado no volume de novos negócios e iniciativas de contenção de despesas.

Custos aumentaram e foram repassados

Os consultados pelo instituto destacaram impostos mais altos e o enfraquecimento do real como fatores que aumentaram os custos das empresas do setor de serviços no fim do ano. A taxa de inflação de custos se acelerou e ficou entre as mais altas da história da série. Já os custos para as indústrias cresceram em ritmo mais fraco pela queda global das commodities.

Parte da carga adicional de custos foi repassada para os clientes, informaram os empresários, o que fez a inflação se acelerar em relação a novembro no segmento de serviços. Já o grau de otimismo do setor melhorou, com quase 27% dos prestadores de serviços dizendo que acreditam em um ano melhor em 2016.

Economia em queda livre

A economista do Markit Pollyanna de Lima diz que a economia do Brasil continuou em queda livre no último mês de 2015, impulsionada por uma contração mais acentuada na atividade do setor de serviços”. Ela diz que é igualmente preocupante que o mercado de trabalho continue a piorar, com as empresas operando no que é considerada a pior situação econômica desde a Grande Depressão.

Ela cita a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e as detenções ligadas à investigação da Operação Lava Jato na Petrobras como fatores que paralisaram a votação dos cortes no orçamento. “Como as políticas econômicas provavelmente não farão parte da agenda do governo no curto prazo”, diz Pollyanna, referindo-se ao impeachment, “as perspectivas de quaisquer melhorias nos próximos meses permanecem obscuras”.

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