A polícia indonésia afirmou hoje (14) que uma organização local, com ligações ao grupo extremista Estado Islâmico, é a principal suspeita da autoria dos atentados terroristas em Jacarta.
“Existe forte suspeita de que se trata de um grupo indonésio com ligações ao Estado Islâmico, que seguiu o padrão dos atentados de Paris em novembro”, disse o porta-voz da polícia, Anton Charliyan.
A organização reivindicou a autoria dos ataques em Paris em novembro, que deixaram 130 mortos.
Charliyan afirmou que o grupo tinha divulgado anteriormente aviso enigmático, sobre “um concerto na Indonésia”, o que levou a polícia a aumentar a segurança antes das celebrações do Ano Novo.
Em dezembro, a polícia indonésia frustrou uma série de conspirações terroristas, incluindo algumas ligadas ao Estado Islâmico.
Pelo menos sete pessoas morreram em Jacarta nos ataques terroristas, em múltiplas explosões seguidas de tiroteios, sobretudo na zona comercial da capital.
Charliyan explicou que três homens-bomba e mais dois homens armados com pistolas fizeram os ataques, que começaram com uma explosão suicida em um café da cadeia Starbucks, em frente a um centro comercial.
Ao mesmo tempo em que a explosão ocorreu, dois homens armados esperavam fora do café e fizeram dois reféns, um argelino e um holandês. Um cidadão da Holanda foi morto a tiro. Um indonésio que tentou ajudar foi também morto a tiro e o argelino ficou ferido, disse.
Depois de ouvir a explosão, vários agentes deslocaram-se para a área e mataram os autores dos ataques. “Em seguida, dois homens, que abandonaram a moto em que se deslocavam, correram para uma área e acionaram o dispositivo de explosão”, explicou.
Quatro policiais, que estavam no interior do edifício, ficaram gravemente feridos e encontram-se em estado crítico, disse Charliyan.
Quatro artefatos explosivos foram detonados durante os ataques – um no Starbucks, depois do atentado a bomba, e outros durante um tiroteio entre a polícia e os terroristas.
“Existem mais duas bombas, grandes, que eles querem explodir”, acreditamos.
De acordo com Jacarta, centenas de indonésios viajaram para a região do Estado Islâmico e dezenas voltaram, o que leva as autoridades a temer um aumento de atentados terroristas no país.