Às 12 horas, o Índice Bovespa tinha perdas de 1,56%, aos 41.758 pontos, puxado para baixo principalmente pelas ações da Vale. Os papéis ordinários (ON, com voto) e preferenciais da série A (PNA, sem voto) da mineradora recuavam 5,11% e 5,56%, respectivamente. No exterior, os investidores refletiam novos dados enfraquecidos da China e o teste nuclear da Coreia do Norte.
Por aqui, os bancos também caíam forte, com Itaú Unibanco perdendo 0,83%, seguido por Bradesco PN, 2,47%, Banco do Brasil ON, 0,49%, e as units (recibos de ações) do Santander, 2,63%. No mesmo sentido, Petrobras ON recuava 2,96% e seus papéis PN perdiam 2,69%.
Altas e baixas do Ibovespa
Com notícias ruins da Ásia, sem contar Vale, as piores perdas do índice eram de Gerdau Metalúrgica PN (BOV:GGBR4), 8,16%, Bradespar PN (BOV:BRAP4), 5,89%, JBS ON (BOV:JBSS3), 5,59%, e Rumo Logística ON (BOV:RUMO3), 4,22%. Na contramão, os maiores ganhos ficavam com Smiles ON (BOV:SMLE3), 3,59%, Qualicorp ON (BOV:QUAL3), 1,77%, Duratex ON (BOV:DTEX3), 1,45%, e Lojas Renner ON (BOV:LREN3), 0,81%.
EUA e Europa perdem mais de 1%; petróleo cai 3%
Refletindo os novos dados da economia chinesa, onde a atividade do setor de serviços cresceu no ritmo mais lento em 17 meses em dezembro, os principais índices internacionais de ações voltaram a registrar fortes perdas. No mercado futuro americano, o Dow Jones caía 1,56%, com o S&P 500, 1,65%, e o indicador da Nasdaq, 1,81%, mesmo após o índice de condições empresariais de Nova York apontar avanços. O indicador passou de 60,7 em novembro para 62 no mês passado. O mercado ainda aguarda para hoje a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que trará os próximos passos da política monetária do país e o ritmo do aumento dos juros no ano.
Já os investidores europeus perdiam em meio ao aumento da inflação na região. O índice local de preços subiu 0,2% em dezembro, na análise anual, mas permaneceu estável em relação a novembro, o que afastou um pouco o receio de deflação. Além disso, o setor privado da zona do euro acelerou em dezembro no ritmo mais rápido em cinco anos, segundo o Índice de Gerentes de Preços (PMI, na sigla em inglês). Ainda assim, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da Europa, tinha recuo de 1,69%, seguido pelo alemão DAX, 1,59%, pelo francês CAC, 1,87%, e pelo britânico Financial Times, 1,79%.
Do noticiário internacional, também está no radar dos analistas o teste nuclear da Coreia do Norte, que resultou num tremor de terra no local que foi detectado por outros países. O país informou que testou uma bomba de hidrogênio e foi acusado pelo Reino Unido de descumprir as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Juros mantêm queda e dólar avança para R$ 4,03
Pela manhã, os juros futuros permaneciam em trajetória de baixa. Para 2017, as projeções passavam de 15,62% ao ano para 15,53%. Com leve avanço, os contratos válidos até 2018 registravam taxas de 16,29%, contra 16,28% ontem. Por fim, 2021 tinha taxas de 16,20%, ante projeção anterior de 16,29%. No mesmo horário, o dólar comercial marcava valorização de 0,87%, para R$ 4,03 na venda, enquanto o dólar turismo ficava estável, sendo vendido a R$ 4,20.