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Após cair 40% no ano, Deutsche Bank sobe mais de 10% e reduz receio com bancos europeus

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Enquanto os brasileiros chacoalhavam ao som dos tamborins durante o feriado de Carnaval, os mercados internacionais eram sacudidos por uma nova onda de desconfiança, desta vez vinda da Alemanha. O Deutsche Bank, um dos maiores bancos do mundo, anunciou perdas de 6,8 bilhões de euros no ano passado e despertou o receio de analistas e investidores sobre sua capacidade de aguentar o tranco da nova fraqueza da economia europeia. E, se o Deutsche pode estar em uma situação ruim, os investidores logo imaginaram como estariam as demais instituições de países com economia mais fraca, como Grécia, Portugal e Espanha.

Como resultado, as ações do Deutsche chegaram a cair 40% somente do começo do ano até ontem. E outros bancos, como o Credit Suisse, também sofreram. Hoje, as ações do Deutsche voltaram a subir, registrando ganho de 12%, após o banco anunciar que estuda recomprar parte de seus papéis no mercado, no valor até 50 bilhões de euros, como demonstração de confiança.

O banco teve de divulgar uma nota ontem afirmando que tem como pagar os juros dos seus chamados bônus convergentes-conversíveis até abril. Apelidados no exterior pela abreviação CoCo, esses bônus equivalem no Brasil aos títulos de dívida subordinada e são quase como ações do banco pois, em caso de quebra da instituição, ficam no fim da fila para receber, antes apenas dos sócios. No caso do Deutsche, esses papéis podem ficar sem remuneração caso a instituição tenha de recompor seu capital e já tenha cortado dividendos e participação nos lucros. E, caso a situação seja mais séria, ainda podem ser convertidos em ações, deixando de receber juros. A recompra sugerida hoje pelo banco não incluiria os CoCo, mas outros papéis de dívida do banco.

Por isso o receito dos investidores, o que fez o juro desses papéis disparar no mercado secundário, já que muitos tentaram vendê-los. O mesmo ocorreu com os papéis semelhantes do Credit Suisse e do italiano Unicredit. O adicional pago por esses papéis e os juros de referência do mercado europeu passaram de 5,5% no começo do ano para 9% nesta semana, segundo jornais internacionais.

A instabilidade foi tão grande que autoridades alemãs afirmaram que o governo poderá ajudar o maior banco do país em caso de dificuldades. O receio é que a crise do banco afete a economia alemã, que hoje puxa a recuperação da Europa.

O consenso do mercado, porém, é que a situação do Deutsche e dos bancos europeus em geral é melhor que em 2008. O risco para o banco é o desaquecimento da economia europeia, que voltou a preocupar as autoridades e que pode manter as taxas de juros baixas ou negativas. Taxas negativas significa que os bancos precisam pagar ao Banco Central para ele manter as sobras de recursos que eles não conseguem emprestar, aumentando o custo das instituições. Além disso, o desaquecimento da economia reduz as atividades de empréstimos e consumo e as receitas dos bancos. As quedas nos preços do petróleo e das commodities também podem atrapalhar os bancos pois muitas empresas europeias de energia e mineração devem sofrer.

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