Representantes da agência de classificação de riscos Moody’s se reuniram hoje (3) com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, por cerca de duas horas. Eles deixaram o ministério sem falar com a imprensa.
A Moody’s é a única entre as três maiores agências a manter o Brasil com o grau de investimento. As outras duas são a Standard & Poor’s e a Fitch, que rebaixaram o país no ano passado.
Ontem (2), os técnicos da Moody’s conversaram com presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Segundo o banco, os técnicos verificaram os números da economia brasileira e as perspectivas para o futuro.
A Moody’s avalia o Brasil como Baa3, último patamar na escala de grau de investimento da agência, mas que indica que o país não corre o risco de dar calote na dívida. Entre as principais agências de classificação do mundo, somente a Moody’s mantém o Brasil com grau de investimento.
Para receber recursos de investidores internacionais, como fundos de pensão estrangeiros, um país precisa receber a classificação de grau de investimento de, pelo menos, duas agências. Em setembro, a Standard & Poor’s rebaixou o Brasil. A Fitch seguiu a decisão e retirou o selo de bom pagador em dezembro do ano passado.
De acordo com o Tesouro Nacional, a classificação de risco é uma nota atribuída a um país emissor de dívida por instituição especializada na análise de crédito, que avalia a capacidade e a disposição de um país honrar, pontual e integralmente, uma dívida.
O rating, destaca o Tesouro, é um instrumento relevante para os investidores, uma vez que fornece uma opinião independente a respeito do risco de crédito da dívida.
Escala da classificação de risco