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Pesquisa do Paraná identifica vírus Zika em cérebro de bebês com microcefalia

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Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná identificou a presença do vírus Zika no cérebro de bebês que nasceram com microcefalia, malformação em que o bebê nasce com crânio com tamanho menor que o normal. As análises foram feitas com amostras de tecidos de fetos que morreram por complicações da doença no Nordeste do país e foram cedidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Neste carnaval, as pesquisas, feitas em regime de urgência, encontraram o vírus em duas amostras do tecido cerebral dos bebês, exatamente em pontos com inflamações. Antes, no fim de 2015, o laboratório já havia comprovado que inflamações na placenta da gestante eram causadas pelo vírus Zika.

“Conseguimos agora ver que essa relação [entre Zika e microcefalia] existe. Se você tem a infecção, tem a quebra da barreira placentária – que conseguimos ver em algumas amostras – temos o vírus no bebê, causando inflamações. Quer dizer, onde tem inflamação, tem vírus, essa evidência, essa relação entre Zika e microcefalia existe”, frisou. A médica ponderou, no entanto, que poucas amostras foram estudadas e que é necessário comprovar a tese com mais pesquisas.

“Descartar completamente ou provar 100% essa relação só será possível quando tivermos muitas amostras com o mesmo padrão”, disse a pesquisadora, que integra também a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). Segundo a médica, por uma série de questões éticas e científicas, como a autorização dos pais para a coleta de tecidos de fetos com microcefalia e a particularidade de retirada de amostras do cérebro, as pesquisas não são tão rápidas, embora avançadas.

Com base em resultados de pesquisas internacionais, a professora acredita que o Brasil está no caminho certo para desvendar a Zika. Ela lembra que recentemente, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), e outro laboratório de patologia na Eslovênia também encontraram o vírus em cérebros de bebês com a malformação. As amostras avaliadas pelos pesquisadores norte-americanos foram cedidas pela Fiocruz e são parte das mesmas enviadas ao Paraná.

Na avaliação de Lúcia Noronha, é possível que as pesquisas ajudem na elaboração de uma vacina contra o vírus. Como os fetos são muito sensíveis a antirretrovirais, remédios que poderiam impedir a mãe de passar a Zika para o bebê, a médica aposta na imunização, além do combate de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, nas cidades.

Complicações da Zika

A pesquisa da PUC-PR também não conseguiu identificar quais fatores fazem com que a Zika seja mais agressiva em algumas pessoas do que em outras. Em geral, 80% dos infectados desenvolvem apenas sintomas brandos da doença, como febre. Outros já foram notificados com síndromes graves, como a Guillain-Barré, doença autoimune, que paralisa os músculos e pode levar à morte.

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