Pela manhã, as ações das instituições financeiras impulsionavam os avanços do Índice Bovespa. Por volta das 12 horas, o principal indicador da bolsa ganhava 1,71%, aos 45.662 pontos, depois de bater os 2% mais cedo.

Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco subiam 3,82%, seguidos por Bradesco PN, 2,95%, pelas ações ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 7,19%, e pelas units (recibos de ações) do Santander, 4,79%. Na noite de ontem, o plenário do Senado aprovou o texto da Medida Provisória (MP) 695/15, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirir participação em empresas, inclusive no ramo de tecnologia da informação (TI).

Apesar do petróleo em baixa no exterior, Petrobras ON e PN também tinham alta de 5,56% e 6,19%, respectivamente. No mesmo sentido, Vale ON subia 1,76%, como seus papéis PNA, 2,10%. A Bovespa ganha mesmo após a divulgação do pior Produto Interno Bruto (PIB) local em 25 anos em 2015, uma queda de 3,8%. Além disso, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do país caiu forte em fevereiro, para 36,9, contra 44,4 no mês passado, seu nível mais baixo desde o início da série histórica em 2007.

O mercado também reflete a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tomada na noite de ontem de manter a taxa de juros básica da economia, a Selic, em 14,25% ao ano, confirmando as expectativas dos analistas.

Gerdau sobe 7%; Embraer cai 10%

Na liderança das maiores altas do Ibovespa, além de BB e Petrobras, Gerdau Metalúrgica PN subia 8%, com Gerdau PN, 6,13%, Cia Hering ON, 6,15%, e CCR ON, 5,75%. Na ponta negativa, as exportadoras perdiam. Embraer ON caía 10,48%, com Fibria ON, 5,41%, a unit da Klabin, 4,36%, e Suzano Papel PNA, 4,21%. A fabricante de aeronaves Embraer perde mesmo depois de divulgar lucro líquido de R$ 425,8 milhões no ano passado, em um avanço de 76% em relação ao mesmo período de 2014.

Cetip nega pedido de união com a BM&FBovespa

O Conselho de Administração da Cetip informou que negou o pedido de aquisição das ações da companhia pela BM&FBovespa nos termos apresentados pela bolsa. A empresa informou também que autorizou seus assessores financeiros e consultores legais a iniciar discussões sobre a operação proposta, bem como a Diretoria a assinar um acordo de confidencialidade relacionado à essas discussões.

Europa e EUA têm leve baixa; petróleo perde quase 1%

Na zona do euro, os investidores repercutem hoje o pior mês para as empresas do bloco em mais de um ano. Segundo o PMI do Caixin, o índice de crescimento das companhias da região ficou em 53 este mês, ante 53,6 em janeiro. Por lá, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, caía 0,32%, como o britânico Financial Times, 0,15%, o alemão DAX, 0,11%, e o francês CAC, 0,39%. Nos Estados Unidos, à espera dos dados do mercado de trabalho (payroll) amanhã, o Dow Jones também perdia 0,29%, com o S&P 500, 0,38%, e o índice da Nasdaq, 0,25%.

Entre as commodities, o petróleo WTI, negociado em Nova York, perdia 0,84%, para US$ 34,37, assim como o Brent, de Londres, que recuava os mesmos 0,84%, para US$ 36,62. Na China, o PMI de serviços de fevereiro recuou de 52,4 para 52,2, de acordo com o Markit.

Juros curtos sobem e dólar recua para R$ 3,86

As projeções de juros futuros válidas até 2017 passavam de 14,05% ao ano para 14,12%. Para 2018, as taxas também subiam de 14,32% para 14,43%. Por fim, na contramão, 2021 registrava um recuo de 15,26% para 15,25%. O dólar comercial caía 0,74%, vendido a R$ 3,86, enquanto o dólar turismo permanecia estável em R$ 4,05.

Com informações da Agência Brasil.