A investigação dos atentados de Bruxelas avançou hoje (26) com a acusação de dois homens, um dos quais seria o suspeito que está de chapéu preto nas imagens do aeroporto de Zaventem.
O procurador federal da Bélgica informou que os dois homens detidos na quinta-feira (25) foram acusados de ligação com os ataques terroristas de 22 de março. Os dois são Fayçal Cheffou e Aboubakar A.
O juiz acusou Cheffou de participar de atividades de um grupo terrorista e de assassinatos.
De acordo com a imprensa belga, o homem tinha sido identificado como o terceiro autor dos ataques no Aeroporto Internacional de Bruxelas, durante uma ação de reconhecimento feita com o taxista que levou o comando terrorista para o aeroporto.
A Procuradoria não confirmou a informação e espera as provas de DNA, que serão feitas com elementos colhidos no táxi e na mala com explosivos que não detonou. Na casa do suspeito não foram encontradas nem armas nem explosivos, segundo as autoridades.
Aboubakar A. é acusado de participar de um grupo terrorista. É um dos dois indivíduos presos na quinta-feira, quando o seu carro saiu da estrada circular de Bruxelas em direção a Jette, no norte da capital.
As investigações mostram que há vínculos claros entre os atentados de 13 de novembro do ano passado em Paris e os de terça-feira em Bruxelas, como revela a participação de Najim Laachraoui, um dos suicidas do aeroporto de Zaventem, que também teria sido o autor dos comandos na capital francesa.
Não se sabe ainda se há ligação também entre a célula de Bruxelas e a tentativa abortada de atentado em Argenteuil, na periferia de Paris, há dois dias, embora os investigadores a admitam. O homem detido na sexta-feira em Bruxelas depois de ser baleado numa perna estaria ligado ao caso francês.
As três explosões registradas terça-feira em Bruxelas – duas no Aeroporto Internacional de Zaventem e uma na estação de metrô de Maelbeek, próximo às instituições europeias, no centro da capital belga –, deixaram pelo menos 31 mortos e 340 feridos, segundo o último balanço provisório.
Os ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.