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Ibovespa sobe 0,62% com cenário político e Yellen; juros recuam e dólar ganha

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O Índice Bovespa teve mais um dia de alta impulsionado pelo cenário político e pelo exterior. O principal indicador do mercado de ações brasileiro fechou em alta de 0,62%, aos 51.154 pontos, depois de ter atingido 51.764 pontos. O volume negociado foi de  R$ 7,126 bilhões, acima da média do ano, de R$ 6,9 bilhões.

Cenário Político

O índice reagiu ao esfacelamento da base política do governo de Dilma Rousseff, com o anúncio formal pelo PMDB de sua saída do grupo que apoia a presidente. A expectativa agora é com a reação de outros partidos menores aliados e que também podem abandonar o barco. A presidente cancelou uma viagem que faria aos Estados Unidos esta semana e deve se concentrar na tentativa de reconstrução de sua base no Congresso, o que deve incluir farta distribuição de cargos para partidos e grupos políticos menores.

Outro sinal ruim para o governo foi a saída do PT do senador pela Bahia Walter Pinheiro, que estava no partido desde 1983 e era o primeiro senador do PT pelo Estado. Na Câmara, a Comissão de Impeachment avança em seus trabalhos e amanhã deve começar a ouvir testemunhas. A data limite para a presidente se defender pode ser a próxima segunda-feira.

Yellen e juros nos EUA

No exterior, as declarações da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, alertando para os efeitos das turbulências internacionais, especialmente na economia chinesa, indicaram que os juros nos EUA não devem subir tão cedo, o que dará maior fôlego para países emergentes financiares seus déficits e atraírem recursos do exterior.

Déficit do Governo Central maior e crédito fraco

No Brasil, o Tesouro divulgou hoje os resultados do Governo Central, formado por Banco Central, Previdência e Tesouro Nacional, com um déficit primário de R$ 25,070 bilhões em fevereiro, novo recorde para o mês e muito acima da expectativa do mercado, de um déficit de R$ 14 bilhões. O BC divulgou hoje também os dados de crédito, que desaceleraram em fevereiro para um crescimento de 5,3%. A média diária de concessões de crédito livre caiu 5,9% em termos reais, segundo o Itaú Unibanco. Já no crédito direcionado, a média diária caiu 3,2%. Houve queda de 9,5% na média de empréstimos livres para empresas.

Bancos puxam alta do Ibovespa

Os bancos puxaram a alta do índice, apesar da desaceleração do crédito, com as ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco ganhando 0,60% e as do Bradesco, 1,74%. O papel ordinário (ON, com voto) do Banco do Brasil subiu 2,99%. Petrobras PN teve ligeira alta, de 0,59% enquanto as ações ON fecharam estáveis. Já os papéis da Vale caíram, 0,53% o ON e 0,70% o PNA.

As maiores altas do índice foram as ações ON da Rumo Logística (BOV:RUMO3), 7,16%, seguidas pelas ON da Localiza (BOV:RENT3), 3,94%, Cesp PNB (BOV:CESP6), 3,05%, BB ON (BOV:BBAS3), 2,99%, e Estácio Participações ON (BOV:ESTC3), 2,94%. Já as maiores quedas do Ibovespa foram de CSN ON (BOV:CSNA3), -5,13%, Natura ON (BOV:NATU3), -2,99%, Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), -2,70%, Usiminas PNA (BOV:USIM5), -2,15% e Oi ON (BOV:OIBR3), -1,79%.

CSN lucra mas não convence

Hoje, CSN divulgou um lucro líquido de R$ 2,371 bilhões no quarto trimestre do ano passado, mas o ganho foi obtido mais pelas atividades de mineração do que siderurgia, tanto que a empresa registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda) 19,6% inferior ao do mesmo período do ano passado, com queda nos volumes e nos preços. O ganhou veio da combinação de resultados da Congonhas Minérios, que teve um lucro de R$ 2,9 bilhões.

Europa e EUA em alta

Na Europa, o Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na região, fechou em alta de 0,81% no primeiro pregão depois do feriado de Páscoa. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,37%, o CAC, de Paris, 0,86% e o Ibex, da Espanha, 0,21%.

Nos Estados Unidos, em meio às declarações de Janet Yellen, que animaram os investidores em ações pela perspectiva de juros baixos por mais tempo, o Índice Dow Jones subiu 0,58%, o Standard & Poor’s 500, 0,88% e o Nasdaq, 1,67%.

Petróleo em baixa

O petróleo fechou em baixa no pregão normal, em queda de 2,81% em Londres, para US$ 39,14 o barril do tipo Brent, e de 2,8% em Nova York, com o barril do tipo WTI vendido no primeiro vencimento futuro , em maio, negociado a US$ 38,28. A expectativa com os dados dos estoques americanos de petróleo e a informação de que o Irã não pretende atender aos pedidos de reduzir sua produção fizeram o barril recuar.

Juros longos recuam com Yellen e PMDB

No mercado de juros futuros, as taxas recuaram mais acentuadamente após a divulgação da decisão oficial do PMDB de deixar o governo e após a presidente do Fed, Janet Yellen, falar que os juros devem subir mais devagar nos EUA. Os contratos mais longos tiveram as maiores quedas, enquanto o contrato futuro que vence em janeiro de 2017 teve sua projeção ampliada de 13,725% para 13,764%. Já o que vence em janeiro de 2018 caiu de 13,34% para 13,32%. O para janeiro de 2019 caiu de 13,53% para 13,42%. E, para 2021, a projeção caiu de 13,68% para 13,52%.

Dólar sobe com venda de swap reverso

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em ligeira alta, de 0,33%, vendido a R$ 3,639 no segmento comercial. Já no turismo, a moeda americana subiu 0,26%, para R$ 3,80. Hoje, o BC repetiu a estratégia de vender contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares. Foram vendidos 19.520 contratos, no valor de US$ 963,5 milhões, ou 97% do total de 20 mil contratos oferecidos, com vencimentos em 1º de julho e 3 de outubro.

Novamente, o BC não fez rolagem de contratos de swap cambial normal, outro sinal de que o objetivo é impedir uma queda muito mais forte do dólar, que prejudicaria os exportadores.

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