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Ibovespa sobe 17% em março com estrangeiros; dólar cai 10% e NTN-B ganha 21%

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O Índice Bovespa encerrou março com alta de 16,97%, a maior em um mês desde 2002, impulsionada pela expectativa de mudança de governo e pelo avanço do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O desgaste do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reduzindo suas chances para a eleição de 2018 após sua convocação para depor na Operação Lava Jato, os depoimentos do ex-líder do PT no Senado Delcídio do Amaral contra Lula e Dilma,  o acerto de delação premiada de executivos da Andrade Gutierres e da Odebrecht, a prisão do marqueteiro do PT, João Santana, e as fortes manifestações contra o governo fizeram os investidores locais e estrangeiros aumentarem as apostas na bolsa.

Principalmente os estrangeiros, que voltaram a aposta no país e compraram liquidamente R$ 7,679 bilhões a mais em ações apenas em março, até dia 29, elevando o saldo no ano para R$ 9,844 bilhões.

Com a alta deste mês, o índice lideram as aplicações no ano, com 15,47% de ganho, mais que o juro projetado para todo o ano pela taxa básica Selic, de 14,25%. Papéis de estatais foram destaque em março, puxadas pela expectativa de mudança de governo, e Petrobras acumulou alta de 63%. Vale subiu 33%.

Dólar despenca

Enquanto a bolsa disparava, o dólar despencou, acompanhando o movimento na política interna e a tendência de enfraquecimento da moeda americana diante das de países emergentes no restante do mundo. O dólar comercial encerrou março com queda de 10,16%, a maior perda mensal desde 2003, encerrando o mês a R$ 3,597 para venda no segmento comercial, das grandes operações. Já o dólar turismo fechou em queda de 9,40%, vendido a R$ 3,75. A tendência de longo prazo do dólar mudou depois que a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, afirmou nesta semana que a alta dos juros nos Estados Unidos será bastante gradual por conta dos riscos para a economia internacional, especialmente os vindos da desaceleração da China. Assim, com juro baixo, o dólar fica mais fraco e sobra dinheiro para vir para o Brasil.

Juros caem e beneficiam fundos de papéis longos de inflação

Os juros acompanharam os movimentos do dólar e do cenário político. Uma mudança de governo que aumente as chances de um ajuste fiscal e a certeza de combate da inflação tende a ajudar a derrubar as taxas de juros mais longas, ao mesmo tempo em que um dólar mais baixo pressiona menos a inflação. Com isso, as taxas de juros dos papéis do governo caíram bastante, beneficiando os fundos de Duração Longa, ou longo prazo. Esses fundos, que compram Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) corrigidas pelo IPCA e de longo prazo, foram destaque em março com rendimento médio bruto de 2,06%, ou 1,75% líquidos considerando um imposto de renda de 15%.

Uma NTN-B 2035, que pagava IPCA mais 7,42% ao ano no começo de janeiro, terminou março pagando 6,39%. Essa queda de apenas 1 ponto percentual, projetada para 20 anos até o vencimento do papel, provoca uma forte oscilação no preço da NTN-B no mercado e nas cotas de alguns fundos.

NTN-B, ganho de 21% em 30 dias

Com isso, as NTN-B Principal (sem juros semestrais) de prazo mais longo, com vencimento em 2035, acumularam rendimento nos 30 dias encerrados hoje de 20,81%, segundo dados do site do Tesouro Direto. Esse ganho é um reflexo do efeito da queda dos juros de mercado, que valoriza os papéis mais antigos, que tinham juros mais altos. O papel para 2024 tem ganho de 6,03%.

O mesmo ocorreu com os papéis prefixados, que acumulam ganho em 30 dias de até 14,08%, caso das LTN com vencimento em 2023. Os papéis para 2019 também subiram, 5,09%, e os para 2021, 9,77%. Essa oscilação dos preços dos título reflete os juros pagos pelas LTN, que no caso das com vencimento em 2023 passaram de 16,59% no começo de janeiro para 13,79% no fim de março.

A alta dos papéis prefixados puxou o ganho dos fundos de renda fixa Duração Média, que costumam misturar papéis pré e com liquidez diária.

Cadernetas na lanterna

Já as cadernetas de poupança seguem com o pior desempenho da renda fixa, com 0,72% de ganho em março e acumulando 1,96% no mês.

O ouro, que liderou as aplicações no começo do ano por conta da incerteza com a China, devolveu boa parte dos ganhos, acompanhando a oscilação do dólar. Em março, o metal caiu 9,35%, para R$ 143,50 o grama na BM&FBovespa. No ano, o metal ainda acumula ganho de 5%.

Abaixo, o desempenho dos principais ativos financeiros, em março e no acumulado do ano.

 

 

Rentabilidades no mês
Aplicação Março No ano Liq mês Liq. Ano
Ibovespa 16,97 15,47 16,97 15,47
RF Dur. Alta Grau Invest 2,06 5,36 1,75 4,56
RF Dur.Livre Grau Invest 1,50 3,99 1,28 3,39
RF Dur. Livre Credito Livre 1,39 3,69 1,18 3,13
Renda fixa Simples 1,35 3,43 1,08 2,74
RF Dur. Media Grau Invest 1,19 3,34 1,01 2,84
RF Dur. Baixa Soberano 1,17 3,26 0,99 2,77
RF Dur. Baixa Grau Invest 1,15 3,24 0,98 2,76
CDI 1,11 3,20 0,94 2,72
Poupança 1 0,72 1,96 0,72 1,96
Poupança 2 0,72 1,96 0,72 1,96
IGP-M 0,51 2,97 0,51 2,97
Ouro -9,35 5,90 -9,35 5,90
Dólar Comercial -10,16 -8,94 -10,16 -8,94

 

Rentabilidades Em 2016 (%)
Aplicação Março No ano Liq mês Liq. Ano
Ibovespa 16,97 15,47 16,97 15,47
Ouro -9,35 5,90 -9,35 5,90
RF Dur. Alta Grau Invest 2,06 5,36 1,75 4,56
RF Dur.Livre Grau Invest 1,50 3,99 1,28 3,39
RF Dur. Livre Credito Livre 1,39 3,69 1,18 3,13
Renda fixa Simples 1,35 3,43 1,08 2,74
RF Dur. Media Grau Invest 1,19 3,34 1,01 2,84
RF Dur. Baixa Soberano 1,17 3,26 0,99 2,77
RF Dur. Baixa Grau Invest 1,15 3,24 0,98 2,76
CDI 1,11 3,20 0,94 2,72
IGP-M 0,51 2,97 0,51 2,97
Poupança 1 0,72 1,96 0,72 1,96
Poupança 2 0,72 1,96 0,72 1,96
Dólar Comercial -10,16 -8,94 -10,16 -8,94

Fonte: BC, Anbima, FGV, Cetip, Lopes Filho, CMA, BM&FBovespa. O rendimento dos fundos foi projetado pela Anbima, com base em dados até dia 28. Poupança 1 são depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012, seguindo a nova fórmula de remuneração da caderneta. Poupança 2 são depósitos feitos antes de 4 de maio, que seguiram rendendo 0,5% ao mês mais TR. O imposto de renda descontado dos fundos e do CDI equivale a 15%, referente a aplicações com mais de 2 anos de prazo, com exceção dos fundos Renda Fixa Simples, cujo desconto foi de 20% do rendimento bruto. Dólar, Ibovespa e ouro não sofreram desconto de imposto. O ouro ativo financeiro é isento de IR para pessoas físicas.

 

 

 

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