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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas abre 2016 com inflação de 0,56%

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De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE) que divulga o balanço do indicador IPP hoje, dia 02 de março de 2016, sobre os preços coletados nas indústrias de transformação de janeiro, apontou variação de 0,56%. Este número é superior ao observado na comparação entre novembro e dezembro (-0,35%). Na comparação com o mês anterior, dezessete das vinte e quatro atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra treze do mês anterior.

As quatro maiores variações observadas em janeiro de 2016 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Indústrias extrativas (-14,42%), fumo (4,77%), outros equipamentos de transporte (3,74%) e produtos de metal (3,35%). Os itens que mais exerceram influência sobre a valorização do IPP foram: Indústrias extrativas (-0,40% ponto porcentual), alimentos (0,33 ponto porcentual), veículos automotores (0,23 ponto porcentual) e metalurgia (0,12 ponto porcentual).

A seguir, o IBGE analisou detalhadamente esses seis setores que no mês de janeiro de 2015 encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor por apresentarem grande variação na comparação com o mês anterior:

Indústrias Extrativas

Em janeiro deste ano, o setor apresentou queda em seus preços pelo terceiro mês seguido. Na comparação com dezembro de 2015, a variação negativa observada de – 14,42%, foi a maior entre os setores da indústria em geral, sendo motivada pelos baixos preços das commodities em questão no mercado internacional. A atividade também se destacou por ser listada como a maior influência negativa entre todas as atividades em análise, – 0,40 p.p. Todos os produtos pesquisados na atividade influenciaram negativamente a variação mensal dos preços. Em ordem decrescente de influência observaram-se: “minérios de ferro”, “óleos brutos de petróleo”, “minérios de cobre em bruto ou beneficiados” e “gás natural”. A variação negativa acumulada nos últimos 12 meses foi de – 11,08%. Com exceção de “gás natural”, todos os demais produtos que compõem este indicador apresentaram queda em seus preços no período.

Alimentos

Em janeiro de 2016, a variação média de preços do setor, na comparação com dezembro de 2015, foi de 1,63%, resultado maior do que os observados em novembro e dezembro (que foram menores que 1%), porém menor do que os observados de agosto (1,94%) a setembro (5,47%). Com esse resultado, a variação observada entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016 foi de 16,46%, maior resultado desde agosto de 2012 (17,85%). Os destaques em termos de variação e em termos de influência não apresentam nenhuma interseção, sendo que os produtos destacados pela variação não constam entre os de maior peso no cálculo do setor, e dois deles (“manteiga de cacau” e “leite condensado”) tiveram variação negativa de preços. Já na influência, dois produtos (“resíduos da extração de soja” e “açúcar cristal”) estão entre os de maior peso no cálculo, tendo influência, como os dois outros (“óleo de soja em bruto, mesmo degomado” e “óleo de soja refinado”), positiva. A influência destes quatro produtos foi de 0,80 p.p., em 1,63%. O aumento dos derivados de soja está em linha com a depreciação cambial (em janeiro, contra dezembro, foi da ordem de 4,7% e, janeiro de 2016 contra janeiro de 2015, de 54,0%). No caso do açúcar, ao lado de uma oferta mundial menor, no Brasil o quadro se intensifica pela maior produção de álcool (em detrimento do açúcar).

Outros equipamentos de transporte

Em janeiro de 2016 os preços do setor apresentaram variação positiva de 3,74% na comparação com o mês imediatamente anterior (terceira maior variação das indústrias extrativas e de transformação, neste indicador). Novamente, o resultado do mês se deve principalmente aos maiores preços de “aviões de peso superior a 2.000 kg” que, cotados em moeda internacional, refletiram a depreciação cambial (R$/US$) no mês.

Produtos de metal

Na comparação com dezembro de 2015, os produtos com maior influência sobre a variação mensal positiva foram “ferramentas intercambiáveis para máquinas manuais ou máquinas-ferramenta”, “latas de alumínio para embalagem”, “latas de ferro e aço menores que 50L” e “parafusos e outros artefatos roscados de ferro e aço”. Em conjunto a variação de preços destes produtos teve influência de 3,22 ponto porcentual, o que quer dizer, que 0,03 ponto porcentual foi a influência líquida dos demais produtos (20) que compõem a amostra do setor. No geral, o setor apresentou variação positiva de 3,35%, em relação a dezembro de 2015, quando houve ligeira queda em seus preços.

Veículos automotores

Na comparação com dezembro de 2015, é observada a maior taxa da série, 2,14%. Entre os produtos que se destacam em termos de variação dois (“caminhão-trator para reboques e semireboques” e “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”) figuram entre os produtos de maior peso no cálculo e, por sua vez, estão listados também entre os de maior influência – no caso, junto de “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” e “peças para motor de veículos automotores”. Estes quatro produtos (os quatro de maior peso no cálculo) tiveram influência de 1,81 p.p. (em 2,14%). Ao analisar o panorama do setor não se pode perder de vista que o peso de “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” é bem maior que os demais (quase 50%), logo, um aumento de menor intensidade neste produto tem uma influência grande, o que aconteceu em janeiro. Por outro lado, vale dizer que produtos como “caminhão-trator para reboques e semireboques” têm espaço no mercado internacional, o que faz com que a depreciação cambial aumente seus preços em real.

Metalurgia

Ao comparar os preços do setor em janeiro de 2016 contra dezembro de 2015 houve uma variação positiva de preços de 1,69%, após dois meses de queda de preços. Em relação aos produtos com maiores variações de preços apenas “alumínio não ligado em formas brutas” faz parte do grupo de produtos que apresentam o maior peso de cálculo, comportamento contrário aos que mais influenciaram o resultado do mês, onde três dos produtos em destaque estão nesta categoria, desta forma, além do já mencionado produto, também aparecem “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”. O único produto que não está entre os de maior contribuição, mas com influência significativa, é o “ligas de alumínio em formas brutas”. Todos os quatro produtos de maior influência no mês contra o mês imediatamente anterior tiveram variações positivas de preços.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

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