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O governo está perdido por 48 votos

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A definição do impeachment da presidente Dilma terá dois fatos decisivos nessa semana: a reunião do diretório nacional do PMDB na terça feira dia 29/03 e as manifestações pró Dilma a serem realizadas no dia 31. O diretório estadual do Rio de Janeiro, que vinha sendo um dos estertores de resistência de Dilma no partido, resolveu abandonar o governo e deve votar da mesma forma no diretório nacional. Foi uma derrota significativa do governo e consolida a percepção de que os parlamentares estão com pressa de votar a derrubada do governo Dilma. Se tudo ocorrer como planejam os caciques do impeachment, ele deve ir a plenário da Câmara até o meio de Abril e isso será suficiente para afastar Dilma da presidência.

Segundo estimativas feita pelo movimento pró Dilma (www.mapadademocracia.org.br ) os placar das votações está dessa forma:

Comissão da câmara que avalia o impeachment:

A favor do impeachment: 30

Contra o impeachment: 21

Indecisos: 14

Plenário da câmara:

A favor do impeachment: 256

Contra o impeachment: 123

Indecisos: 134

Levando em conta a debandada do PMDB, que procura se reorganizar em torno de Michel Temer e, com isso, estruturar um novo governo, as chances do impeachment cresceram vertiginosamente. É pouco provável que o governo Dilma consiga convencer os indecisos da comissão ou do plenário da câmara para evitar sua derrubada.

O que pode ser discutido é se o pós-impeachment será um ambiente de equilíbrio como foi o de Itamar, ou se haverá algum tipo de reação por parte da fração derrotada. Havendo essa reação, qual será a sua magnitude? Ela será capaz de desestabilizar os planos de consenso levados a cabo pela oposição e por Michel Temer? As chances de um cenário de instabilidade, marcado por mobilizações populares não pode ser afastado, ainda que sua probabilidade seja menor que a de uma estabilização à la Itamar. Vale lembrar que o projeto da maioria que ora pula fora do barco de Dilma está procurando se abrigar de qualquer risco de evolução das investigações de corrupção, que ficaram evidenciadas pela lista da Odebrecht. Mas o risco de ruído após a queda do governo não pode ser descartado. As manifestações de quinta-feira serão um termômetro importante para isso. Havendo muita gente nas ruas, é bom colocar em nossos cálculos uma turbulência elevada. Havendo um fiasco, o sinal para um arranjo tipo Itamar será totalmente verde.

A semana deve ser de otimismo, com fortes altas para empresas estatais (Banco do Brasil [BOV:BBAS3, BOV:BBAS12 e BOV:BBAS11], Petrobrás [BOV:PETR3 e BOV:PETR4] e Eletrobrás [BOV:ELET3 e BOV:ELET4]), queda dos juros mais longos e do dólar. Nesse cenário é bom evitar aventuras em exportadoras como a Suzano, Fíbria e Embraer. Os bancos deverão ficar em evidência, com a chance de um novo governo market friendly, que seja avesso à inflação (juros para cima, câmbio para baixo) e avesso ao déficit fiscal (atividade e salários para baixo). De qualquer forma, os juros nominais, medidos pelos vencimentos mais longos (de 2021 para frente) deverão cair.

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