De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a taxa de desocupação brasileira estimada foi 9,0% no trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015. Com isto, encerrou-se o ano passado com a média de 8,5%, o que representa 9,2 milhões de pessoas sem ocupação. Este número, representa um acréscimo de 40,8% em relação com a mesma pesquisa realizada no encerramento de 2014, ou uma contabilização de 2,6 milhões brasileiros a mais nesta comparação.
No quarto trimestre de 2015, a população ocupada (92,3 milhões) do país ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior e recuou (-0,6%, ou menos 600 mil pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2014. Apenas 38% do contingente de 92,3 milhões de pessoas estão registrados com a carteira assinada.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.913) caiu (-1,1%) em relação ao trimestre anterior (R$ 1.935) e também recuou (-2,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.953). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos desempenhados pela População Ocupada foi estimada em R$ 171.543 bilhões.
Entre as UFs, o Distrito Federal (R$ 3.629) tinha o maior rendimento médio e o Maranhão (R$ 1.016), o menor.
O nível de ocupação no trimestre encerrado em dezembro de 2015 ficou estável em relação ao trimestre anterior e registrou queda de 1,0 ponto percentual em comparação com igual trimestre de 2014 (56,9%). O Nordeste apresentou a maior taxa de desocupação (10,5%) e o Sul, a menor (5,7%).
A Pnad, mais detalhada e baseada em recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), supera as deficiências do antigo indicador, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que continuaria sendo divulgada, a princípio, até o final de 2015. De acordo com o PME, as taxas de desemprego de outubro e novembro foram de 7,9% e 7,5% respectivamente.
A taxa de desemprego estimada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) foi realizada pelo Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE). Para a realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE) considerou como População em Idade Ativa todas as pessoas com 14 (catorze) anos ou mais, residentes nos cerca de 3.500 (três mil e quinhentos) municípios avaliados.