Maior partido de oposição ao governo, o PSDB, que fechou questão pelo impeachment, foi orientado pelo líder Antonio Imbassahy (BA) com um discurso de chamamento de responsabilidade. Imabassahy disse que a Câmara dos Deputados tem o dever de decidir sobre esta fase de admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e ressaltou que os parlamentares não podem se omitir.
“Esta Casa não pode ignorar a vontade dos brasileiros que estão lá fora, não pode se acovardar diante da história”, afirmou o deputado. Para Imbassahy, neste momento da história do país, cada deputado precisa escolher qual Brasil considera melhor para a população. Em tom duro, o líder do PSDB atacou as declarações de governistas que, nos últimos dias, fizeram comparações entre investigações conduzidas atualmente e outras ocorrências de governos anteriores que não teriam sido investigadas. “Corrupção não se compara, corrupção se pune”, afirmou.
Tecendo uma série de críticas à condução do governo Dilma e apontando problemas em áreas prioritárias, como saúde e educação, o parlamentar baiano afirmou que, enquanto essas atividades são afetadas por restrições de recursos, bilhões de reais foram desviados “pela corrupção sistêmica” conduzida pelo comando petista.
“A história não esquecerá a escolha de cada um, e é chegada a hora de decidir que Brasil você acha que o brasileiro que está lá fora merece: o Brasil do mensalão, do petrolão dos pixulecos, com uma organização criminosa infiltrada no Estado, com uma presidente que se elegeu com dinheiro de propina do mensalão?”, perguntou para o plenário, onde o quórum está em torno de 400 deputados.
Imbassahy acusou a presidente de trair a população por não cumprir promessas de campanha e “permitir” que “o maior escândalo do planeta se desenvolvesse debaixo do seu nariz. Não é este o Brasil que merecem os milhões de brasileiros mobilizados em todos os cantos do país”, disse.
O líder tucano afirmou ainda que o que o brasileiro merece um país que respeita a Constituição, as instituições e valores como democracia, liberdade. Os brasileiros que estão la fora querem viver num país decente e livre da impunidade”, completou.