As dívidas de 14 companhias de siderurgia e metalurgia brasileiras cresceram 96,6% nos últimos sete anos, passando de R$ 36,9 bilhões em 2009 para R$ 72,55 bilhões em 2015, segundo levantamento realizado pela Economatica.
Na comparação anual, do ano passado com 2014, as dívidas consolidadas do setor aumentaram 22,2%, um salto de R$ 59,40 bilhões em 2014 para R$ 72,55 bilhões no fim de 2015, de acordo com a pesquisa.
O maior estoque de dívida do setor foi registrado pela CSN, com R$ 34,2 bilhões ou 47,2% do total, uma alta de 14,2% ante 2014. Em sete anos, as dívidas da siderúrgica avançaram 138,7%. Na segunda posição, a Gerdau somou R$ 26,4 bilhões em dívidas no ano passado, seguida pela Usiminas, em terceiro lugar com R$ 7,8 bilhões.
Acompanhe abaixo as trajetórias das dívidas de 14 empresas siderúrgicas e metalúrgicas desde 2009:
Fonte: Economatica
Dívidas x vendas
Num ritmo bem menor, o crescimento das vendas dessas empresas de 2009 até 2015 foi de 45,4%. Na análise de 2015 contra 2014, as vendas caíram 1%, de R$ 79,6 bilhões para R$ 78,8 bilhões no ano passado. O melhor momento do setor ocorreu em 2013, quando as vendas totalizaram R$ 80,1 bilhões, aponta o estudo.
Valor de mercado em queda
Já o valor de mercado dessas empresas totalizou R$ 33,9 bilhões em 15 de abril deste ano, um aumento de 92,24% ante 2014. Na avaliação da Economatica, o pior momento do setor aconteceu em dezembro do ano passado, quando as empresas registraram uma queda de 83,94% ou R$ 17,6 bilhões em valor de mercado, contra 2009.
Prejuízos e ganhos
Os prejuízos dos setores atingiram seu pior nível em 2015, com R$ 6,47 bilhões. Na mesma análise, sem a Gerdau, as perdas totalizaram R$ 1,92 bilhão. Na contramão, o melhor momento das empresas foi em 2010, quando toda a amostra lucrou R$ 6,49 bilhões ou R$ 4,35 bilhões, tirando a Gerdau.