A presidente Dilma Rousseff reafirmou ontem que jamais renunciará ao cargo, em texto publicado na sua página oficial do Facebook. A afirmação é uma resposta ao editorial publicado na edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo, segundo o qual a presidente perdeu as condições de governar o país e, por isso, deve renunciar.

O texto postado no perfil da presidenta diz: “Setores da sociedade favoráveis à saída de Dilma, antes apoiadores do impeachment, agora pedem sua renúncia. Evitam, assim, o constrangimento de respaldar uma ação “indevida, ilegal e criminosa”. Ao editorial da Folha de S. Paulo publicado neste domingo, fica a resposta da presidente: “jamais renunciarei”.

Em seguida ao texto, foi postado um vídeo de quase um minuto que reúne trechos de entrevista e de um discurso de Dilma em que ela diz frases como “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção de meu mandato. Eu jamais renunciarei”, e “Não cabem meias palavras, o que está em curso é um golpe contra a democracia e posso assegurar a vocês que não compactuarei com isso, por isso, não renuncio em hipótese alguma”.

No editorial intitulado Nem Dilma nem Temer, o jornal Folha de S. Paulo diz que, enquanto Dilma permanecer no cargo, a nação seguirá paralisada e que hoje ela representa obstáculo à recuperação do país. O texto cita também o vice-presidente Michel Temer, afirmando que ele deveria ter a consciência de que não dispõe de apoio suficiente na sociedade e seria uma bênção que o poder retornasse logo ao povo para que fosse eleito alguém com a legitimidade requerida. A assessoria do vice-presidente informou que Temer não vai comentar o editorial da Folha de S. Paulo.

O editorial é mais uma manifestação contrária à permanência de Dilma no governo de setores da sociedade. Diversas entidades empresariais já manifestaram apoio à saída da presidente em anúncios de jornais e declarações públicas, algumas defendendo abertamente o impeachment. Na edição de hoje do jornal, a Folha afirma que nunca defendeu o impeachment, como afirma a resposta de Dilma.

As informações são da Agência Brasil.