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Ibovespa tem leve avanço com commodities; Europa cai forte e dólar recua para R$ 3,45

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Impulsionado pela alta significativa das commodities no mercado internacional, às 11h55, o Índice Bovespa tinha ganhos de 0,25%, para 54.447 pontos, após abrir o dia em queda. As ações ordinárias (ON, com voto) (BOV:VALE3) e preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Vale (BOV:VALE5) puxavam o indicador, com avanços de 5,15% e 4,44%, respectivamente. O minério de ferro bateu valorização de 5% na China.

Com o petróleo em trajetória positiva lá fora, Petrobras ON (BOV:PETR3) caía 0,15%, ao passo que suas ações PN (BOV:VALE5) ganhavam 0,59%. Os acionistas da Petrobras aprovaram ontem um plano de reestruturação que prevê mudanças no estatuto social, redução no número de cargos de diretorias e gerências e altera o processo decisório cortando custos e cargos gerenciais. Com o novo modelo, a empresa espera uma redução de custos de até R$ 1,8 bilhão por ano.

Entre os bancos, bastante pressionados pelos recentes balanços, Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4) caía 1,41%, como Bradesco PN (BOV:BBDC4), 0,76%. Já Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3) subia 0,83%, assim como as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11), 1,38%.

Vale sobe 5% e Embraer recua 6%

As maiores altas do indicador estavam com Vale ON, Cia Hering ON (BOV:HGTX3), 5,09%, CSN ON (BOV:CSNA3), 4,55%, e Vale PNA. A mineradora Vale ganhava apesar das reafirmações da agência de classificação de risco Standard & Poor’s do rating em escala global da companhia com perspectiva negativa. Já Cia Hering subia, mesmo o anúncio de saída da empresa na terceira prévia do Ibovespa. As maiores quedas são de Embraer ON (BOV:EMBR3), 4,91%, a unit da Klabin (BOV:KLBN11), 3%, Cetip ON (BOV:CTIP3), 1,62% e CPFL Energia ON (BOV:CPFE3), 1,48%.

Em 3ª e última prévia, Ibovespa confirma saídas de Cia Hering e Oi

A terceira e última prévia para a carteira do Ibovespa, que irá vigorar de maio a setembro, confirmou a saída das ações da varejista Cia Hering e da operadora Oi e nenhuma nova entrada. A prévia, que tem como base o fechamento do pregão de 28 de abril, apresentou 59 ações. Atualmente, são 61 os ativos em vigor no índice. Oi PN subia 2,80%.

Europa perde com indicadores, EUA também perde e petróleo sobe 1%

Os índices de ações europeus perdiam com a prévia dos preços ao consumidor da região, que indicou deflação de 0,2% em abril, na comparação anual. Na contramão, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano no bloco avançou 1,6%, ante o mesmo trimestre do ano passado, melhor do que o esperado 1,4%. Na Alemanha, as vendas no varejo em março caíram 1,1%, número bem pior que a alta de 0,4% estimada pelo mercado. Já na França, a primeira estimativa para o PIB no primeiro trimestre subiu 1,3% na base anual, maior que as expectativas dos analistas de 1%. O Stoxx 50 caía 2,78%, como britânico Financial Times, 1,20%, o francês CAC, 2,59%, e o alemão DAX, 2,46%.

Após os números de vendas no varejo, o mercado alemão puxou a queda das bolsas europeias, que já vinham fracas desde que o Banco do Japão (BoJ) frustrou as expectativas de um aumento dos estímulos à economia na quarta-feira à noite, afirma Pablo Spyer Stipanicic, diretor da Mirae Asset. A decisão do Japão, junto com as mudanças no comunicado do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que trouxeram o receio de altas dos juros mais fortes nos EUA, e mais os resultados ruins das empresas de tecnologia americanas aumentaram a instabilidade dos mercados. O dólar também estava em queda novamente hoje, atingindo o menor nível em 11 meses, o que valoriza o euro e também pode prejudicar as exportações europeias.

“Há um forte aumento da volatilidade das bolsas, do dólar e dos juros americanos que repercute em todo o mercado”, afirma Stipanicic. Ele se diz pessimista com as bolsas mundiais e lembra que há muitas dúvidas ainda sobre a economia mundial, como o desaquecimento da China e o enfraquecimento da economia americana este ano, que ficou mais claro ontem com o PIB do primeiro trimestre dos EUA, com crescimento abaixo do esperado.  Há também o receio de saída do Reino Unido da União Europeia, o que poderia significar um forte baque para a região. “O euro pode acabar se os britânicos saírem”, diz. Já o Brasil segue fora de sintonia, com seu mercado movido mais por fatores externos.

Nos Estados Unidos, as bolsas refletiam a leve alta de 0,1% da inflação no país, com o consumo ainda fraco e minando as chances do Fed de elevar os juros. Por lá, os recuos eram menores do que na Europa. O Dow Jones perdia 0,49%, com o S&P 500, 0,66%, e o índice da Nasdaq, 0,60%. Ontem, o Dow Jones teve sua pior baixa desde fevereiro. De acordo com levantamento da agência de notícias Reuters, o país enfrenta seu terceiro trimestre seguido de resultados corporativos mais fracos desde a crise financeira de 2008.

Finalmente, no exterior, o petróleo WTI, negociado em Nova York, tinha valorização de 1,19%, para US$ 46,58, seguido pelo barril do tipo Brent, de Londres, que ganhava 0,25%, para US$ 48,26.

Juros têm trajetórias mistas; dólar cai para R$ 3,45

Pela manhã, os juros futuros registravam trajetórias mistas. Para 2017, as taxas permaneciam estáveis em 13,58% ao ano, enquanto os contratos válidos até 2018 tinham projeções de 12,76%, contra 12,75% de ontem. No longo prazo, os juros com vencimento em 2021 caíam de 12,68% para 12,56%. Após quatro dias fora do mercado, o Banco Central (BC) anunciou hoje dois leilões de 20 mil contratos de swap cambial reverso, de US$ 1 bilhão cada, além de leilão de linha de até US$ 2 bilhões. No total, foram vendidos 28  mil contratos, ou US$ 1,4 bilhão.

O dólar comercial era vendido a R$ 3,45, em baixa de 1,25% apesar dos leilões. Já o turismo, de varejo, cai 1,11%, para R$ 3,55 na venda.

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