O presidente do Conselho de Administração de um banco regional austríaco, envolvido no caso Panamá Papers por ligações com o oligarca russo Guennadi Timchenko, apresentou hoje (7) pedido de demissão, assegurando, porém, que a instituição não cometeu qualquer infração.
Liderado desde 2012 por Michael Grahammer, 51 anos, o Hypo Vorarlberg, um pequeno banco público, é suspeito de ter permitido que Timchenko, próximo ao presidente russo, Vladimir Putin, tivesse feito operações de lavagem de dinheiro nas Ilhas Virgens, um “paraíso fiscal”.
Em comunicado, Grahammer, que era alto funcionário do banco desde 2004, assegurou estar cem por cento convencido de que o Hypo Vorarlberg “nunca, em momento algum, infringiu a lei ou as sanções”.
A demissão, a primeira na Áustria desde a publicação, no domingo (3), da gigantesca investigação sobre paraísos fiscais ocorreu depois de a autoridade financeira da Áustria ter aberto um processo de investigação sobre o banco.
O caso já provocou a demissão do primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Davío Gunnlaugsson.