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S&P rebaixa Oi para CCC- após acordo para renegociar dívida

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A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito da operadora de telefonia Oi de CCC para CCC-, diante da indicação de que a empresa vai promover uma reestruturação de sua dívida nos próximos seis meses. A perspectiva para a nota da companhia segue negativa. Este é o segundo rebaixamento da Oi pela S&P este ano. O primeiro foi em 10 de março. A Oi tinha uma dívida de R$ 54,9 bilhões de reais no fim do ano passado.

A S&P cita o anunciou feito pela Oi anteontem, informando que assinou um acordo com a Moelis & Company para que esta atue como assessora de um grupo de detentores de títulos emitidos pela Oi para facilitar e agilizar as discussões com relação aos termos de uma possível reestruturação dessa dívida. Segundo a S&P, “à medida que a Oi avança nessas discussões e seus vencimentos de dívida se aproximam, acreditamos que há uma alta probabilidade de uma reestruturação de dívida e/ou uma oferta de troca de dívida que veríamos como distressed (e, portanto, equivalentes a um default) ocorrer nos próximos seis meses”. Distressed é como são chamados os papéis de empresas em dificuldades e em atraso, de alto risco.

Segundo a S&P, a Oi conta ainda com uma importante posição de caixa e algumas linhas de crédito que, de acordo com as estimativas da agência, somavam cerca de R$ 11 bilhões no fim do primeiro trimestre deste ano. Mas a Oi também apresenta vencimentos significativos de dívida nos próximos trimestres e alavancagem muito alta, alerta a S&P, principais motivos para as recentes conversas da empresa sobre uma possível reestruturação de dívida.

A Oi é uma das maiores operadoras do país e foi escolhida pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser a super-tele brasileira, nos moldes da política de criar grandes campeões nacionais e liderando o processo de consolidação do setor. Para isso, recebeu apoio de bancos oficiais e fundos de pensão e foi beneficiada pelas mudanças na legislação feitas pelo governo no setor, e que permitiram à Oi assumir a concorrente Brasil Telecom, antes administrada pelo banqueiro e desafeto do governo Daniel Dantas, do Opportunity. O projeto previa a compra também da Telecom Itália no país, já que sua controladora na Europa foi comprada pela espanhola Telefónica, que já controlava a Vivo aqui.

Pouco depois, porém, o grupo brasileiro dono da Oi buscou associar-se com a Portugal Telecom, que desfez sua sociedade com a espanhola Telefônica na Vivo para se associar à gigante de telefonia. Antes da conclusão da fusão, porém, os sócios portugueses entraram em dificuldades após o controlador da operadora de telefonia, o Banco Espírito Santo, quebrar, levando junto todo o grupo. O banco português deixou ainda um rombo bilionário na Portugal Telecom, na forma de papéis adquiridos pela operadora, que atrapalhou os planos de captação de recursos e capitalização da nova Oi. A operadora brasileira foi ainda afetada pela forte desvalorização do real, que aumentou seu endividamento externo.

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