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Goldfajn presidirá BC; PEC deve garantir autonomia; Mansueto e Hamilton serão secretários

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O economista-chefe do banco Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, será o novo presidente do Banco Central (BC). O anúncio foi feito hoje pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Goldfajn já foi diretor de Política Econômica do BC de 2000 a 2003 e é visto como um executivo mais teórico, com profundo conhecimento da economia brasileira.

Goldfajn chegou a ser gestor de recursos após sair do BC e depois foi para o Itaú, maior banco privado do país. A expectativa é que a nova equipe mantenha a taxa de juros no nível atual por alguns meses, iniciando a redução da taxa no segundo semestre, talvez já na reunião de setembro, até para que haja tempo de aprovar o nome do novo presidente no Senado e possíveis substituições de diretores. Economista pela PUC do Rio tem doutorado pelo MIT. É também diretor do Centro de Debates de Políticas Públicas em São Paulo.

Mansueto, Carlos Hamilton e Marcelo Caetano

Já Marcelo Caetano será responsável pela Secretaria da Previdência, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) desde 1997. O economista Mansueto de Almeida Junior, também do Ipea, será o secretário de acompanhamento econômico. Carlos Hamilton, economista e ex-diretor de Política Econômica do BC vai para a Secretaria de Política Econômica.

Mansueto, que havia negado semana passada ter sido convidado para o governo, deverá se dedicar à qualidade das despesas públicas, com uma análise detalhada que vai dar fundamento para as medidas que vão ser tomadas, explicou Meirelles. Carlos Hamilton será o responsável pela formulação das medidas econômicas para o novo governo.

Marcelo Caetano deverá formular uma política de previdência no Brasil, explicou o ministro. “Ontem fizemos uma reunião com centrais sindicais, (Michel) Temer, (Alexandre) Padilha e eu, e definimos uma proposta de reforma da Previdência em 30 dias, e é minha sugestão”, disse. “Não temos uma proposta pronta e não faremos nada de forma precitada”, disse Meirelles. “Assim como Mansueto e Carlos Hamilton, vamos fazer um estudo para depois preparar uma proposta, discutida com a sociedade, com as centrais e com o Congresso, a ideia é evitar qualquer margem de ida e volta”, acrescentou.

PEC para o Banco Central

Meirelles afirmou que será enviada uma proposta de emenda constitucional garantindo foro privilegiado para a diretoria do BC e autonomia técnica de decisão para o órgão na Constituição. Autonomia de decisão não se confunde com independência, explica Meirelles. “O que será definido será a autonomia técnica, e não há decisão sobre mandatos do BC, que vão analisar com profundidade”, afirma. O BC vai ganhar uma garantia que hoje é verbal, como foi durante os oito anos que estive lá, isso já é um grande avanço.”

Bancos Públicos e desemprego de 14%

Meirelles afirmou que o próximo passo serão os bancos públicos. Ele afirmou que os cargos que não forem anunciados continuarão com seus atuais titulares e continuarão sob análise. E elogiou o secretário da Receita, Jorge Rachid.

Meirelles voltou a afirmar que a reforma da Previdência vai levar em conta os direitos adquiridos, lembrando que há uma discussão de presunção de direito e direito adquirido. Ele esclareceu a previsão de que o desemprego pode chegar a 14% feita durante a reunião com sindicalistas ontem, afirmando que esse é o número se as condições econômicas continuassem como estavam até agora. Com as mudanças e uma melhora da confiança, o cenário pode melhorar.

Tombini pode continuar no governo

Meirelles afirmou que o atual presidente do BC, Alexandre Tombini, deve ser convidado para um cargo no governo. “Certamente continuaremos com o concurso do ministro Tombini na administração federal”, disse, acrescentando que ainda está em discussão em que função. Tombini continuará comandando o BC até que Goldfajn seja aprovado pelo Senado e possa tomar posse.

Senado encerrará incerteza

Questionado sobre quando a incerteza na economia brasileira diminuirá, Meirelles afirmou que a decisão do Senado sobre o impeachment eliminará uma grande incerteza, assim como as mudanças na economia, o corte dos nos gastos, a reforma da Previdência, a renegociação da dívida dos Estados. “Tudo isso fará a retomada da confiança de forma gradual, eu espero que seja acelerada, mas já vivemos isso antes”, disse. “Mas a confiança é geométrica, começa devagar e depois acelera.”

Sem decisão sobre CPMF

Meirelles reafirmou que não há definição se o governo vai tentar aprovar a CPMF. “Ainda não tomamos decisão sobre a CPMF, qualquer decisão é prematura antes de conhecermos os números, a real situação para tomarmos medidas administrativas necessárias e propor ao congresso medidas”, disse. “Mas já disse que o nível de tributação é elevado para padrões de países como o Brasil”, acrescentou. O objetivo, disse, é equilibrar as contas o mais rápido possível e aumentar o emprego o mais rápido possível, mas o ministro reconheceu que  uma economia com um nível de contração como o atual (4% do PIB neste ano, segundo projeções do mercado) torna mais difícil reverte o déficit fiscal. “Mas seria precipitado falar em tributo.”

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