Neste primeiro trimestre, a rentabilidade sobre patrimônio (ROE, na sigla em inglês) das empresas não financeiras de capital aberto brasileiras atingiu seu menor nível desde 2003, segundo levantamento da Economática.

De janeiro a março deste ano, as companhias registraram ROE de 4,14%, após mínima de 2,33% 13 anos antes, ante uma mediana de 15,01% no terceiro trimestre de 2007 e um recorde de 21,02% no segundo trimestre de 2008, de acordo com o estudo.

Os 20 maiores ROEs do Ibovespa

Nos últimos 12 meses, a empresa listada no Índice Bovespa com maior ROE foi a Braskem, com rentabilidade de 96,39% sobre o patrimônio em março, seguida por Smiles, com retornos de 76,75%, e BB Seguridade, com 51,78%.

Do total de companhias com os melhores rendimentos no principal indicador brasileiro de ações, três são do setor de energia elétrica, duas são bancárias e outras duas da indústria química.

Acompanhe abaixo os maiores ROEs da carteira teórica do Ibovespa em março deste ano (em 12 meses):

Veja a rentabilidade patrimonial mediana (ROE,%) de 2007 a 2016:

Fonte: Economática

Bancos maiores têm retorno menor

No primeiro trimestre deste ano, o retorno dos bancos em geral sobre o patrimônio ficou em 9,74% anualizados, melhor que os 6,72% do mesmo período de 2015. Já em relação ao retorno do último trimestre do ano passado, quando os bancos tiveram uma rentabilidade de 11,29%, houve queda de 1,5 ponto percentual.

Nos grandes bancos, porém, o retorno caiu na maioria dos casos. De março passado até março deste ano, o ROE do Banco do Brasil passou de 20,3% ao ano para 15,1%, enquanto Itaú Unibanco, líder em ganhos, viu seus retornos passarem de 24% para 22,3%, seguido por Bradesco, de 20,1% para 19,2%.

Na contramão, no mesmo período, a rentabilidade do Santander subiu de 4,3% para 12,9% este ano, acompanhado por BTG Pactual, de 21% para 30,8%.