PNAD Contínua: taxa de desocupação foi de 11,2% no trimestre encerrado em abril de 2016
Indicador / Período |
fev – mar – abr 2016 | nov – dez – jan 2016 |
fev – mar – abr 2015 |
Taxa de desocupação |
11,2% |
9,5% |
8,0% |
Rendimento real habitual |
R$ 1.962 |
R$ 1.977 |
R$ 2.030 |
Valor do rendimento em relação a: |
-0,7% (estável) |
-3,3% |
No trimestre móvel encerrado em abril, a taxa de desocupação (11,2%) cresceu 1,7 pp (ponto percentual) em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro (9,5%) e 3,2 pp em relação ao mesmo trimestre móvel de 2015 (8,0%). Essa foi a maior taxa de desocupação desde o início da pesquisa (janeiro de 2012).
A população desocupada (11,4 milhões de pessoas) cresceu em ambas as comparações: 18,6% (ou mais 1,8 milhão de pessoas) em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro 2016 e 42,1% (mais 3,4 milhões de pessoas desocupadas) em relação ao mesmo trimestre móvel de 2015. Já a população ocupada (90,6 milhões de pessoas) recuou (-1,1%) em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 e também caiu (-1,7%, ou menos 1,5 milhão de pessoas trabalhando) comparada a igual trimestre de 2015. O número de empregados no setor privado com carteira assinada recuou em ambas as comparações: frente ao trimestre encerrado em janeiro de 2016 (-1,8%) e em relação a igual trimestre do ano passado (-4,3% ou menos cerca de 1,5 milhão de pessoas nessa condição).
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas (R$ 1.962) ficou estatisticamente estável frente ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2016 (R$ 1.977) e recuou (-3,3%) em relação ao mesmo trimestre de 2015 (R$ 2.030). A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas (R$ 173,3 bilhões) caiu nas comparações trimestral e anual (-1,5% e -4,3%, respectivamente).
Confrontando as estimativas do trimestre móvel de fevereiro a abril de 2016 com o de novembro de 2015 a janeiro de 2016 observou-se que a taxa de desocupação cresceu (1,7 ponto percentual), passando de 9,5% para 11,2%. Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, fevereiro a abril de 2015, quando a taxa foi estimada em 8,0%, o quadro também foi de acréscimo (3,2 pontos percentuais).
No trimestre de fevereiro a abril de 2016, havia cerca de 11,4 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Esta estimativa no trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 correspondia a 9,6 milhões, representando um acréscimo de 18,6%, ou mais 1,8 milhão de pessoas nesse contingente. No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 42,1%, significando um aumento de 3,4 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.
Taxa de desocupação – Brasil – 2012/2016
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | |
1° | nov-dez-jan | … | 7,2 | 6,4 | 6,8 | 9,5 |
2° | dez-jan-fev | … | 7,7 | 6,8 | 7,4 | 10,2 |
3° | jan-fev-mar | 7,9 | 8,0 | 7,2 | 7,9 | 10,9 |
4° | fev-mar-abr | 7,8 | 7,8 | 7,1 | 8,0 | 11,2 |
5° | mar-abr-mai | 7,6 | 7,6 | 7,0 | 8,1 | |
6° | abr-mai-jun | 7,5 | 7,4 | 6,8 | 8,3 | |
7° | mai-jun-jul | 7,4 | 7,3 | 6,9 | 8,6 | |
8° | jun-jul-ago | 7,3 | 7,1 | 6,9 | 8,7 | |
9° | jul-ago-set | 7,1 | 6,9 | 6,8 | 8,9 | |
10° | ago-set-out | 6,9 | 6,7 | 6,6 | 9,0 | |
11° | set-out-nov | 6,8 | 6,5 | 6,5 | 9,0 | |
12° | out-nov-dez | 6,9 | 6,2 | 6,5 | 9,0 |
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em 90,6 milhões. Observou-se que esta população apresentou redução de 1,1%, quando comparada com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016. Em comparação com igual trimestre do ano passado foi registrada queda de 1,7%, representando menos 1,5 milhão de pessoas.
O nível da ocupação foi estimado em 54,6% no trimestre de fevereiro a abril de 2016, apresentando uma redução de 0,9 ponto percentual frente ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016. Em relação a igual trimestre do ano anterior, este indicador também apresentou retração, quando passou de 56,3% para 54,6% (-1,6 pp).
O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada apresentou queda em ambos os períodos de comparação. Frente ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 (-1,8%) e na comparação com igual trimestre do ano passado, de fevereiro a abril de 2015 (-4,3%), aproximadamente menos 1,5 milhão de pessoas nessa condição.
A categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada apresentou estabilidade frente a novembro de 2015 a janeiro de 2016 e frente ao mesmo período do ano anterior.
A categoria das pessoas que trabalharam por conta própria registrou estabilidade em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, apesar de ter havido uma queda de 118 mil pessoas neste contingente, mas que não é estatisticamente significativa. Na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2015 constatou-se um aumento de 4,9%, o que representou um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas.
O contingente dos empregadores apresentou estabilidade em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 e uma queda de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na análise da ocupação segundo os grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, ocorreram retrações na Indústria geral (-3,9% ou menos 473 mil pessoas), na Construção (-5,1% ou menos 400 mil pessoas), enoComércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,7% ou menos 302 mil pessoas). Nos demais grupamentos não houve variação estatisticamente significativa.
Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, houve aumento nos grupamentos: Transporte, Armazenagem e Correio, 5,3% (227 mil pessoas); Serviços domésticos, 5,1% (306 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,5% (384 mil pessoas). Nos grupamentos da Indústria geral e da Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas houve quedas, respectivamente, de 11,8% (-1,6 milhão de pessoas) e de 7,8% (-820 mil pessoas). Os demais grupamentos ficaram estáveis.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 1.962, registrando estabilidade frente ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 (R$ 1.977) e retração de 3,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.030).
Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2016, apenas o grupamento de atividade Alojamento e Alimentação teve variação estatisticamente significativa no rendimento médio (-7,1%). Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve quedas nos grupamentos Agricultura, Pecuária, Produção florestal, Pesca e Aquicultura (-6,4%) e Comércio, Reparação de veículos automotores e motocicletas (-4,6%). Em ambas as comparações, os demais grupamentos não tiveram variações significativas.
Em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 a única posição na ocupação que registrou variação estatisticamente significativa no rendimento do trabalho foi o Conta Própria (-2,7%).
Na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2015, nas categorias Empregador e Conta Própria foram verificadas quedas nos rendimentos: -5,5% e -5,1% respectivamente.
O contingente de pessoas fora da força de trabalho no trimestre de fevereiro a abril de 2016 foi estimado em 63,9 milhões. Observou-se que esta população apresentou estabilidade quando comparada com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016 e frente ao mesmo trimestre do ano anterior.