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Abril/2016: Três das oito atividades pesquisadas apresentam variação positiva do comércio varejista.

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A reversão de sinal do comércio varejista na passagem de março para abril, de -0,9% para 0,5%, descontada a sazonalidade, foi acompanhada por três das oito atividades pesquisadas.

O resultado positivo foi influenciado, principalmente, pelos setores que registraram o mesmo movimento de reversão de sinal: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4% em março para 1,0% em abril); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de -1,9% para 2,8%); Tecidos, vestuário e calçados (de -4,7% para 3,7%). As vendas no setor de Combustíveis e lubrificantes (de -1,2% para 0,0%) ficaram estáveis frente ao patamar de março de 2016.

Influenciando negativamente, observou-se o desempenho de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,9%); e Móveis e eletrodomésticos (-1,8%).

O comércio varejista ampliado manteve variação negativa para o volume de vendas entre março e abril de 2016 (-1,4%), influenciado negativamente pelo desempenho de Veículos e motos, partes e peças, com recuo de 6,6%, e Material de construção, com decréscimo de 4,0%.

BRASIL – INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC – Abril 2016

ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR

FEV

MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 1,2 -0,9 0,5

-4,2

-5,7 -6,7 -6,9 -6,1
1 – Combustíveis e lubrificantes 0,4 -1,2 0,0

-3,9

-10,1 -10,8 -9,8 -8,2
2 – Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 0,8 -1,4 1,0

-1,4

-1,2 -4,4 -3,2 -3,1
2.1 – Super e hipermercados 0,8 -1,4 1,0

-1,3

-1,0 -4,3 -3,1 -3,1
3 – Tecidos, vest. e calçados -3,5 -4,7 3,7

-11,5

-15,3 -8,8 -12,2 -10,8
4 – Móveis e eletrodomésticos 5,9 -1,2 -1,8

-10,3

-13,8 -10,1 -15,4 -16,2
4.1 – Móveis

-15,8

-16,7 -14,6 -12,7 -17,0
4.2 – Eletrodomésticos

-7,8

-12,6 -7,9 -16,7 -15,9
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,1 0,4 -2,9

5,9

2,1 -1,3 1,5 1,7
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria -4,0 -0,9 -3,4

-16,3

-16,2 -18,7 -15,5 -13,8
7 – Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação -3,0 6,3 -4,9

-17,0

-8,6 -14,6 -16,2 -11,1
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,1 -1,9 2,8

-11,6

-11,9 -10,4 -12,2 -6,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,4 -1,3 -1,4

-5,6

-7,9 -9,1 -9,3 -9,7
9 – Veículos e motos, partes e peças 3,6 -1,2 -6,6

-6,7

-11,1 -13,8 -13,6 -17,2
10- Material de Construção 2,8 -0,5 -4,0

-11,1

-14,7 -13,0 -14,3 -11,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na comparação com abril de 2015, o volume de vendas no comércio varejista assinalou queda de 6,7%, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as oito atividades pesquisadas.

O resultado de abril foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho negativo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com taxa de -4,4%. A segunda maior influência foi exercida pelos setores de Combustíveis e lubrificantes (-10,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico(-10,4%); e Móveis e eletrodomésticos (-10,1%), três segmentos com recuos a dois dígitos. As quatro atividades acima citadas respondem por mais de 80% do resultado global do varejo em abril.

Os demais setores com taxas negativas foram: Tecidos, vestuário e calçados (-8,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,3%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-14,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,7%).

Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
      Taxa Global

-6,7

-6,7 -9,1

-9,1

1 – Combustíveis e lubrificantes

-10,8

-1,1 -10,8

-0,7

2 – Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo

-4,4

-2,3 -4,4

-1,4

3 – Tecidos, vest. e calçados

-8,8

-0,6 -8,8

-0,4

4 – Móveis e eletrodomésticos

-10,1

-1,1 -10,1

-0,7

5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria

-1,3

-0,2 -1,3

-0,1

6 – Livros, jornais, rev. e papelaria

-18,7

-0,1 -18,7

-0,1

7 – Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação

-14,6

-0,2 -14,6

-0,1

8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico

-10,4

-1,1 -10,4

-0,7

9 – Veículos e motos, partes e peças

-13,8

-3,7

10- Material de Construção

-13,0

-1,2

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -4,4% no volume de vendas em abril, frente a igual mês do ano anterior, exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. A queda no mês de abril, 15ª consecutiva nessa comparação, foi a mais intensa nos últimos dois meses. Vale citar que, em 2015, o feriado móvel da Páscoa, com impactos particularmente nas vendas desse setor, ocorreu em abril, enquanto no ano de 2016 a comemoração ocorreu em março. O desempenho do setor confirma a trajetória descendente, acumulando, para os quatro primeiros meses do ano, uma perda de 3,2% e, em 12 meses, de -3,1%. Esta atividade vem tendo seu desempenho influenciado pela perda da renda real e pelo comportamento dos preços do grupamento alimentos no domicílio medido pelo IPCA.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 10,8% no volume de vendas em relação a abril de 2015, representou a segunda maior contribuição negativa no resultado total do varejo. A taxa acumulada em quatro meses do ano foi de -9,8% e nos últimos 12 meses, -8,2%. O desempenho da atividade foi influenciado pela elevação do preço de combustíveis, além da perda de renda real e restrição de crédito.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu também a segunda influência negativa na formação da taxa do varejo, com variação de -10,4% no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2015. Já em termos acumulados, as taxas registradas foram de -12,2% nos quatro primeiros meses do ano e de -6,7% para os últimos 12 meses.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos completa o grupo dos três segmentos responsáveis pela segunda maior participação negativa ao índice geral, com recuo de 10,1% no volume de vendas em relação a abril do ano passado, 17ª taxa negativa nessa comparação. Em termos acumulados, os resultados foram de -15,4% para os quatro primeiros meses do ano e de -16,2% para os últimos 12 meses. Este comportamento negativo vem sendo decorrente de fatores tais como restrições ao crédito, principalmente em função do aumento da taxa de juros para crédito às pessoas físicas, além da já citada redução da massa real dos rendimentos.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou variação de -8,8% no volume de vendas em comparação com abril do ano anterior, representou a terceira contribuição negativa à taxa global do varejo. Vale citar que a queda observada em abril, embora seja a 17ª consecutiva, foi a menos acentuada do ano. Em relação às taxas acumuladas, os resultados foram de -12,2% para os quatro primeiros meses do ano e de -10,8% para os últimos 12 meses. Esse segmento, embora com incentivo das frequentes campanhas promocionais, vem tendo seu desempenho impactado por reduções na já citada renda real dos trabalhadores.

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registrou recuo de 1,3% no volume de vendas em relação a abril de 2015. O resultado negativo de abril refletiu recente elevação de preços do setor que, pela primeira vez em 10 anos, teve reajuste acima da inflação e exerceu a quarta contribuição negativa no resultado geral do varejo. No entanto, a comercialização de medicamentos de uso contínuo garante que as taxas acumuladas permaneçam no campo positivo: 1,5 % no ano e de 1,7% para os últimos 12 meses.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável também pela quarta participação negativa na formação da taxa global, apresentou variação de -14,6% sobre igual mês do ano anterior, décimo recuo consecutivo nesse tipo de comparação. Dentre os fatores que vêm determinando o desempenho negativo dos últimos meses, destaca-se a valorização do dólar frente ao real, além da restrição do crédito. As taxas acumuladas foram de -16,2 % nos quatro primeiros meses do ano e de -11,1% nos últimos 12 meses.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de -18,7% no volume de vendas sobre abril de 2015, respondeu pela menor contribuição negativa ao resultado total varejista. Em termos de taxas acumuladas, nos quatro meses do ano e nos últimos 12 meses as variações foram, respectivamente, de -15,5% e -13,8%. A trajetória declinante desta atividade, em especial para livros e jornais, vem sendo influenciada pela substituição da editoração gráfica pela digital.

Em abril de 2016, considerando o comércio varejista ampliado, a variação em relação ao igual mês do ano anterior foi de -9,1% para o volume de vendas. Esse desempenho reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 13,8% em relação a abril de 2015, e do recuo de 13,0% em Material de construção para o mesmo período. Os resultados acumulados destas atividades foram, respectivamente, de -13,6% e -14,3 em quatro meses, e de -17,2% e -11,6% nos últimos 12 meses. Estas variações foram influenciadas pelo menor ritmo da atividade econômica e pelo comprometimento da renda familiar.

Fonte:IBGE

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