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BC deixa dólar cair 6,6% no mês e cria oportunidade de compra, dizem analistas

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O Banco Central (BC) parou de atuar no mercado de câmbio para segurar o dólar, o que vez a moeda americana cair até R$ 3,38 hoje, um dos menores níveis em 12 meses e 2% abaixo do fechamento de ontem e 6,63% abaixo dos R$ 3,62 do fechamento de maio. A queda da moeda indica uma mudança na política do BC, de vender contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares, para segurar as cotações para evitar perdas para os exportadores, que recebem menos reais pelas suas vendas ao exterior.

Para analistas, porém, a oportunidade pode ser boa para compra. “A R$ 3,30 eu compro e, se chegar a R$ 3,00, compro ainda mais”, afirma Sérgio Machado, gestor de fundos da SF2 Investimentos. Para ele, o dólar ainda pode cair mais caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff passe no Senado, o que deve acontecer nos próximos meses. “Se o BC deixar, esse dólar vai a R$ 3,00 com a confirmação do impeachment, mas depois volta, pois a situação do Brasil não vai ser tão boa para justificar essa queda”, afirma.

Além disso, há a questão das exportações, que podem levar o BC a voltar a atuar para segurar a moeda americana e reduzir um pouco a posição vendida do BC em swaps normais. De fevereiro para cá, o saldo de swaps caiu de US$ 106 bilhões para US$ 63 bilhões, segundo dados do Itaú Unibanco, graças aos swaps reversos. Analistas avaliam que a melhor estratégia seria aproveitar a queda do dólar para zerar esses swaps.

Os comportamentos do dólar e do Banco Central acompanham as declarações do novo presidente da instituição, Ilan Golfajn, que em sabatina no Senado defendeu o câmbio flutuante, além dos indicadores ruins de emprego nos EUA, que adiaram um aumento dos juros americanos previsto para a próxima semana, o que enfraqueceu a moeda no exterior. “Os dois fatores convergiram, fazendo com que o dólar chegasse a um valor que não víamos desde junho do ano passado”, afirma Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.

Ele é cauteloso e diz não ter certeza se a queda representa um bom momento para a compra de maneira especulativa, mas observa que “não há garantia de que o dólar continue caindo, já que os fundamentos da economia brasileira continua inalterados e qualquer mudança surtirá efeito apenas no longo prazo”. Para quem precisa fazer remessas ao exterior, porém, Bergallo diz que o momento “é oportuno e não há motivo para esperar mais” para comprar.

Já Caio Esteves, analista sênior de câmbio da FN Capital, as declarações de Goldfajn indicam maior independência do mercado. “Essa decisão faz com que o mercado se ajuste naturalmente, deixando a demanda e a oferta comandarem a volatilidade”, diz. “A provável consequência é a moeda americana em queda, testando até a casa dos R$ 3,20”, afirma.

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