As captações externas neste início de ano já ultrapassaram os resultados registrados durante todo o ano passado. De janeiro a maio de 2016, as captações no mercado externo somaram US$ 8,3 bilhões, contra US$ 8,1 bilhões no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Esse número deve ser engordado neste mês com a oferta da Vale, de US$ 1,2 bilhão, anunciada ontem.
Apesar da melhora entre as captações, o volume de ofertas, na comparação com o mesmo mês de 2015, caiu 59,1%, para atuais R$ 22,7 bilhões.
As ofertas desse primeiro semestre foram puxadas pelo Tesouro Nacional, com US$ 1,5 bilhão em março, e pela Petrobras, com US$ 6,8 bilhões no mês passado. Segundo a gerente de assuntos econômicos da entidade, Enilce Melo, “a emissão da petroleira neste momento favorece a abertura de captações de companhias no mercado externo à medida que o cenário macroeconômico se torne mais previsível”.
No Brasil, o mercado de renda fixa impulsionou as captações, com R$ 5,6 bilhões, mais ainda em seu nível mais baixo em seis anos. As captações de Certificado de Recebíveis Agrícolas, os CRI, lideraram as operações, com R$ 3,6 bilhões.
Dos volumes com debêntures, as transações somaram R$ 1,3 bilhão, com seis emissões de notas promissórias, que atingiram R$ 430 milhões, e três ofertas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios (FIDC), que totalizaram R$ 290 milhões.