A compra da AES Sul pela CPFL Energia anunciada hoje foi muito positiva e terá impactos positivos para todo o setor energético do país, aponta o BTG Pactual em relatório enviado aos seus clientes. O valor total da operação será de R$ 1,7 bilhão, e pode acrescentar R$ 0,90 por ação da CPFL.
Os analistas Antonio Junqueira, João Pimentel e Gustavo Castro indicaram “manter” os papéis da CPFL, com preço-alvo projetado em R$ 17 nos próximos 12 meses.
A distribuidora gaúcha de eletricidade AES Sul é controlada pela americana AES, que é também dona da Eletropaulo. Mas, diferente da AES Eletropaulo, a AES Sul investiu muito mais do que exige a sua depreciação regulatória. Com isso, está apta a obter reajustes maiores de tarifas, além de garantir maior eficiência. Os investimentos dos últimos três anos totalizaram R$ 660 milhões, ante uma depreciação exigida de R$ 323 milhões no mesmo período, de acordo com o relatório.
A aquisição vem em um momento em que a AES lida com dificuldades em suas operações de distribuição de energia no Brasil, que agora se concentrarão na Eletropaulo.