Todos os anos, no último dia de maio (e de novembro), a indústria de fundos volta suas atenções para o come-cotas.
Neste post, vou explicar o come-cotas para os investidores que ainda têm dúvidas sobre o sistema e também para os novos, que nunca ouviram falar e que vão perceber a dedução do imposto quando analisarem seus extratos no começo do mês que vem.
O que é o come-cotas?
O come-cotas é um sistema de antecipação de imposto de renda para os Fundos de Renda Fixa e Multimercado. A cobrança antecipada do imposto obedece às exigências da Receita Federal e incide apenas sobre os rendimentos da aplicação.
Não é uma opção da Órama descontar o come-cotas, mas uma exigência imposta pela Instrução Normativa 1022/10 da Receita Federal.
Quando o come-cotas é cobrado?
Sempre no último útil dos meses de maio e novembro é descontada a alíquota mínima de imposto sobre o rendimento dos fundos, 15% para os de longo prazo e 20% para os de curto prazo
O imposto não é cobrado de forma dobrada, porque a diferença entre o IR já pago e o que ainda é devido é calculada quando o investidor solicita o resgate. Assim, ele só paga realmente o devido.
Qual a desvantagem come-cotas?
A cobrança antecipada do imposto diminui o potencial de valorização dos juros compostos, mas a diferença só aparece mesmo no longo prazo.
Por isso, o investidor não deve deixar de aplicar só por causa do come-cotas. Às vezes, é mais interessante pagar imposto num investimento com boa rentabilidade do que aplicar num produto isento e com baixo potencial de retorno. Veja gráfico abaixo, a comparação de uma aplicação de R$ 20 mil pelo prazo de 10 anos, em Poupança, Fundo de Renda Fixa com e sem come-cotas.
