Às 11h40, o Índice Bovespa tinha recuo de 1,94%, para 50.127 pontos, sob significativa pressão das baixas das bolsas estrangeiras, puxadas pela Europa.
Entre as instituições financeiras, as ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco registravam perdas de 2,76%, seguido por Bradesco PN (BOV:BBDC4), 2,32%, os papéis ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil, 2,70%, e as units (recibos de ações) do Santander, 1,52%.
Prejudicada desde ontem por indicadores mais fracos vindos da China, Vale ON (BOV:VALE3) e PNA recuavam 3,63% e 4,16%, respectivamente. Com o petróleo perdendo no exterior, Petrobras ON (BOV:PETR3) também tinha queda de 3,57%, como Petrobras PN (BOV:PETR4), 2,83%.
Do noticiário político, a presidente afastada Dilma Rousseff defendeu ontem, em entrevista especial concedida à TV Brasil, uma consulta popular caso o Senado não decida pelo seu impedimento. Ao apresentador Luís Nassif, Dilma disse que é a população que tem que dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas eleições.
Siderúrgicas puxam perdas do Ibovespa; apenas Pão de Açúcar avança
As piores quedas do Ibovespa estavam com CSN ON, 4,77%, Vale PNA (BOV:VALE5), Gerdau Metalúrgica PN, 3,67%, e Usiminas PNA (BOV:USIM5), 3,52%. Na contramão, a única alta do índice ficava com Pão de Açúcar PN, 0,11%.
Europa cai 2%, EUA recua 1% e petróleo perde mais 1,6%
Os investidores europeus amargavam baixas de mais de 2%, pressionadas pela proximidade do referendo sobre a possível saída da Grã-Bretanha da União Europeia e pelas falas do presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, de que os juros baixos permanentes na região poderão ?elevar os prêmios de risco do bloco de forma abrupta? no futuro, com o fim dessa estratégia de juros muito baixos do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, o Ministério da Economia alemão informou hoje que o país avançou neste segundo trimestre, mas que deverá ter um ritmo mais fraco até junho. O Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da Europa, perdia 2,61%, o alemão DAX, 2,59%, o francês CAC, 2,34%, e o britânico Financial Times, 1,91%.
Sob pressão das perdas na zona do euro, nos Estados Unidos, o Dow Jones caía 0,58%, o S&P 500, 0,86%, e o índice da Nasdaq, 0,93%. O petróleo WTI, negociado em Nova York, seguia com queda significativa, de 1,60%, para US$ 49,75, acompanhado pelo barril do tipo Brent, de Londres, que marcava desvalorização de 1,54%, para US$ 51,15.
Juros sobem e dólar avança para R$ 3,43
Pela manhã, as projeções futuras válidas até 2017 passavam de 13,32% ao ano para 13,33%. Para 2018, as taxas subiam de 12,49% para 12,55%, ao passo que os juros com vencimento em 2021 permaneciam estáveis em 12,36%. O mercado refletia, além da turbulência externa, a alta de 0,4% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em junho, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, menor que maio (0,57%).
Entre as negociações de câmbio, a divisa americana se recuperava em todo o mundo impulsionada pelo recuo dos juros na Europa e na Alemanha, que impactou os juros americanos também e tornou os papéis atrativos para os estrangeiros, atraindo recursos para o dólar. Por aqui, o dólar comercial avançava 0,70%, para R$ 3,43, assim como o dólar turismo, que ganhava 0,84%, vendido a R$ 3,56.
Com informações da Reuters.
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