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Petrobras: novo poço no Campo de Libra apresenta alto potencial

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Após ter seu nome associado a denúncias de corrupção, a Petrobras busca melhorar sua imagem frente aos investidores. Sob nova direção e com a comunicação de mais um achado na área de Libra, as novidades deste mês podem ajudar a reerguer a estatal.

A Petrobras entrou em junho já com um novo rosto na presidência. A renúncia de Aldemir Bendine ao cargo, facilitou a nomeação de Pedro Parente como novo líder da estatal. A posse de Parente, que continua à frente do Conselho de Administração da  BM&F Bovespa, ocorreu no início de junho e já deixou os investidores animados. O motivo foi a declaração do novo presidente com relação à Transpetro. Ele disse que pretende dividir a empresa em duas áreas de negócio e colocá-la à venda o quanto antes.

Uma das primeiras declarações enquanto chefe da Petrobras, Pedro Parente sinalizou que pretende apoiar as mudanças na lei de regulamentação do pré-sal. O presidente recém-empossado declarou que defende a ideia de que a petrolífera deve ter a preferência na exploração da commodity, mas não seja a operadora exclusiva.

O pré-sal é justamente o destaque desse mês. A Petrobras anunciou, pela quarta vez esse ano, a descoberta de indícios de petróleo no campo de Libra. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) foi comunicada do fato no início do mês.

Sobre o Campo de Libra

A área de Libra fica a 200 quilômetros do litoral carioca e consiste na primeira região concedida sob regime de partilha da produção no Brasil. A região é explorada por um consórcio de cinco empresas: a Petrobras opera com 40%, a Shell e a Total possuem 20% do direito de exploração cada uma, e a CNPC, assim como a CNOOC, tem 10%.

O campo de Libra apresenta grande potencial petrolífero. No início de junho, o sétimo poço perfurado no pré-sal da Bacia de Santos apresentou a maior coluna de óleo até então descoberta na região. Com mais de 400 metros de espessura, a verificação do poço confirmou a existência de petróleo de boa qualidade e ótima capacidade de produção.

Até 2010, o prazo para construir um poço na Bacia de Santos era de mais de 300 dias. A partir do ano passado, esse tempo diminuiu para cerca de 130 dias. E em 2016, passou-se a precisar de apenas 89 dias para finalizar a construção.

Próximos passos

Desde sua descoberta, em 2006, a camada do pré-sal no litoral brasileiro vem sendo uma das apostas de investimento da Petrobras. A expectativa é de que o campo de Libra consiga arrecadar aproximadamente 1 trilhão de reais pelas próximas três décadas.

Estima-se que o primeiro petróleo produzido na área de Libra entre no mercado em 2020, mas seu pico de produção deve ser alcançado a partir de 2025. Enquanto isso, a Petrobras já divulgou que pretende investir mais de 130 bilhões de dólares no projeto.

Para a segunda metade de 2016, a projeção é que entre em ação um novo sistema de produção no campo de Lula, também na Bacia de Santos. Atualmente, a área de Lula é a principal produtora de petróleo nacional e já produz mais de 400 mil barris por dia. O novo sistema tem o propósito de aumentar o processo em mais 300 mil barris diários.

Neste mês, a companhia divulgou que a produção de óleo do pré-sal brasileiro superou a marca de 1 milhão de barris por dia, significando um novo recorde. Do total do volume extraído, 70% é de responsabilidade da Petrobras. Sendo que 40% da produção da estatal em todo o país vem das áreas da bacia de Santos e na bacia de Campos.

Os projetos de exploração do pré-sal são o foco principal da empresa e também os que mais recebem investimentos. E o entusiasmo da estatal tem fundamento. Além do aumento gradual da produção, há uma relevância estratégica do negócio. A crescente rentabilidade é um dos fatores que podem ajudar a Petrobras a manter-se no caminho da recuperação.

 

Autoria: Ana Cláudia Inez, é graduada em Relações Públicas e mestre em Processos Comunicacionais. Atua como analista de comunicação e relacionamento com parceiros da Toro Radar em todo o país.

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