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ETF de bolsas estrangeiras para varejo aumenta diversificação e facilita uso de robôs

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A decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desta semana, de permitir que investidores de varejo possam comprar cotas de fundos de índices estrangeiros, aumenta as opções de diversificação dos brasileiros e deve estimular o crescimento desse tipo de aplicação, afirma. Rodrigo Araújo, diretor da BlackRock Brasil. A empresa é líder no segmento de fundos de índices negociados em bolsa, os chamados Exchange Traded Funds (ETF) no Brasil e no exterior. Antes, somente investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão, podiam comprar ETF de índices internacionais.

A BlackRock já possui um ETF de bolsa internacional, o IVVB11, que reproduz o índice americano Standard & Poor’s 500, que é também o ETF mais negociado do mundo.

“Miniaturas” de índice

Os ETF são fundos que reproduzem as carteiras dos índices e têm suas cotas negociadas na bolsa como ações. Assim, ao comprar um ETF do Índice Bovespa (BOVA11, outro ETF da BlackRock), o investidor compra uma reprodução daquele indicador, que vai acompanhar a alta e a baixa diária do mercado. E por um valor muito menor do que gastaria para comprar todos os papéis do índice.

Assim, o ETF permite ao pequeno investidor o acesso a uma carteira diversificada de ações e com um baixo custo, já que, como o gestor do fundo só reproduz o índice, ou seja, a gestão é passiva, a taxa de administração é pequena, diferentemente dos fundos ativos, em que a decisão do gestor é importante e precisa ser melhor remunerada. Um ETF costuma cobrar até 0,5% ao ano de taxa de administração, para 1,5% a 2,5% ao ano em um fundo ativo de ações.

Os ETF hoje são muito utilizados nos mercados internacionais por sua praticidade e liquidez, servindo tanto para estratégias de pessoas físicas quanto de grandes gestores de fundos. Há ETF de índices de ações, de renda fixa e até de commodities. No Brasil, está ainda em preparação um ETF voltado para a renda fixa.

Ajuda ao mercado brasileiro de ETF

Por esse motivo, permitir o acesso dos investidores de varejo aos ETF de índices internacionais deve ajudar a desenvolver o mercado de ETF no Brasil, até pela baixa diversificação do investidor brasileiro, afirma Araújo. “O ETF é um ótimo instrumento para diversificação por classe de ativos e quanto mais investidores puderem ter acesso a esse instrumento, melhor para esse público”, diz.

Ele lembra que o ETF é um dos instrumentos financeiros que mais cresce no mundo por permitir diversificação de ativos, estratégias ou geografia. Pode ser usado tanto para operações de longo prazo ou de curtíssimo prazo, por sua alta liquidez. E garante transparência pois aplica nas carteiras de índices, que são públicas. “Ele garante uma diversificação muito boa com um baixo custo”, diz.

Neste ano, o volume médio negociado de ETF na BM&FBovespa cresceu 28,6%, de R$ 141 milhões por dia no primeiro semestre de 2015 para R$ 181 milhões em 2016.

Pessoa física responde por 50% dos ETF nos EUA

A participação do varejo também tende a crescer e se tornar importante, como em outros países, à medida que mais pessoas passem a entender o ETF e a diversificar mais sua poupança, por conta própria ou com a ajuda de gestores, acredita Araújo. Nos EUA, as pessoas físicas respondem por 50% do volume financeiro dos ETF e, na Europa, são 40%, considerando aplicações diretas ou por meio de estruturas de aconselhamento ou gestão de patrimônio (wealth management). No Brasil, onde a diversificação em bolsa ainda é baixa, o varejo representa apenas 5% a 10% do volume estima Araújo.

Ele lembra que a permissão para o varejo aplicar em ETF de índices no exterior permite também a diversificação em moedas, já que esses índices em geral são corrigidos pelo dólar.

Robôs consultores e ETF

A liberação dos ETF estrangeiros para o varejo pode ajudar ainda na expansão dos chamados robot advisors, sistemas eletrônicos que analisam o perfil dos investidores e, a partir de modelos matemáticos, montam carteiras e fazem as aplicações pelos clientes. No Brasil, esses sistemas utilizam ETF para as aplicações em ações, por sua maior facilidade e pela liquidez e padronização. “Com certeza o ETF internacional vai ajudar no nosso trabalho de diversificação”, diz Luciano Tavares, sócio da Magnetis, empresa que oferece robôs consultores.

Hoje, o sistema da empresa oferece aplicações em fundos DI, títulos do Tesouro Direto ou papéis de bancos como CDB e LCI e LCA na renda fixa e, na parte de ações, só ETF. Agora, poderá ter também diversificação em bolsas internacionais e moedas. “Lá fora os robôs gestores têm mais de 10 classes de ativos para investir e aqui, para o varejo, só temos quatro”, diz.

Araújo, da BlackRock observa que as plataformas eletrônicas de investimentos no mundo todo se beneficiam, de alguma maneira, dos ETF, por serem listados em bolsa e por suas qualidades. “Para qualquer plataforma eletrônica, para proporcionar melhor risco retorno e baixo custo, o  ETF aparece como excelente opção pois pode garantir liquidez, diferentes ativos, mercados e regiões e estratégias”, diz. “Vamos ver cada vez mais alocadores e plataformas buscando usar ETF para compor carteiras de investidores.”

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