Vale bate 5% com dados de produção e Ibovespa se aproxima dos 57 mil pontos

Puxado pelas ações da Vale, por volta das 11 horas, o Índice Bovespa subia 0,40%, para 56.806 pontos. Os papéis ordinários (ON, com voto) e preferenciais da série A (PNA, sem voto) da mineradora brasileira avançavam 5,63% e 3,96%, respectivamente, em meio à divulgação da estratégia de redução de sua produção de minério de ferro no segundo trimestre. A companhia produziu 86,823 milhões de toneladas da commodity no período, uma queda de 2,80%, na comparação com o mesmo período do ano passado, por conta da redução de seus repasses da produção para sua subsidiária Samarco.

Petrobras também ajudava a segurar os ganhos da bolsa brasileira, com suas ações ON ganhando 1,61% e as PN com alta de 0,93%, enquanto o petróleo tinha trajetórias indefinidas no exterior. Já entre os bancos, Itaú Unibanco PN, o maior peso do indicador brasileiro, caía 0,61%, Bradesco PN, 0,79%, Banco do Brasil ON, 1,50%, e as units (recibos de ações) do Santander, 0,46%.

Usiminas avança 7% e Natura cai 2%

Os maiores avanços do índice ficavam com as siderúrgicas, Usiminas PNA avançava 7,63%, CSN ON, 6,54%, Vale ON, e Gerdau Metalúrgica PN, 4,49%. Na contramão, as piores perdas do Ibovespa eram de Natura ON, 2,03%, JBS ON, 1,83%, Smiles ON, 1%, e Fibria ON, 0,99%. A fabricante de cosméticos Natura perde depois de remarcar para o próximo dia 27 a data de publicação do seu balanço do segundo trimestre prevista para ontem, após o fechamento do mercado.

Descarte do “dinheiro helicóptero” japonês pressiona bolsas

Em relatório, a XP Investimentos diz que os investidores estrangeiros repercutem hoje as afirmações das autoridades japonesas descartando a implementação do chamado “dinheiro de helicóptero” e a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxas de juros da região, mas com sinais de que “deve prolongar e ampliar o pacote de estímulos” para o bloco. Na zona do euro, o Stoxx 50 ficava estável, ao passo que o britânico Financial Times perdia 0,22% e o francês CAC, 0,15%. Já o alemão DAX ganhava 0,12%. No Reino Unido, as vendas no varejo em junho caíram 0,9% na base mensal, pior do que o aguardado -0,6%.

Em um dia de poucos indicadores nos Estados Unidos, o Dow Jones recuava 0,18% e o S&P 500, 0,04%. O índice da Nasdaq, por sua vez, tinha alta de 0,02%. Entre as commodities, o petróleo WTI, de Nova York, subia 0,65%, para US$ 44,94, enquanto o Brent, de Londres, tinha perdas de 0,55%, para US$ 46,91. Já, na China, o minério de ferro ganhou 1,48%, a US$ 56,10 a tonelada seca.

Juros curtos sobem e dólar tem leve alta

Pela manhã, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2017 subiam de 13,87% ao ano para 13,93%, assim como as projeções válidas até 2019, que passavam de 12,65% para 12,75%. Para 2021, as taxas também avançavam de 11,92% para 11,93%. Hoje, o Tesouro Nacional anunciou a emissão de títulos da dívida externa no mercado internacional. Os bônus da República, denominados em dólares, terão vencimento em 21 de fevereiro de 2047. Além disso, as taxas eram pressionadas pela prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que voltou a acelerar este mês, ao subir 0,14 ponto percentual e passar de 0,40% para 0,54% entre junho e julho deste ano.

Um dia após o Banco Central (BC) optar pela manutenção da Selic em 14,25% ao ano, a autoridade monetária promoveu novo leilão de até 10 mil contratos de swap cambial reverso, de US$ 500 milhões. Ainda assim, o dólar comercial tinha valorização de apenas 0,21%, para R$ 3,26, e o dólar turismo se mantinha estável, a R$ 3,40.