ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Endividamento das famílias paulistanas cai em julho, para 49,2%, diz Fecomércio

LinkedIn

A proporção de famílias paulistanas endividadas se manteve praticamente estável em julho em relação a junho, mas caiu quando comparada ao ano passado. O indicador registrou um leve aumento no mês, de 0,2 ponto porcentual e atingiu 49,2%.

Na comparação com julho de 2015, porém, houve uma forte queda, de 4,1 pontos percentuais.  Foi a terceira queda consecutiva em relação ao mesmo mês do ano passado. Em números absolutos, o total de famílias com algum tipo de dívida passou de 1,881 milhão de junho para 1,893 milhão em julho, sendo que, em julho de 2015, esse número era de 1,913 milhão, ou seja, 19 mil a menos.

Menor renda, mais endividados

Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) mostram que o endividamento continua maior entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos. Nessa base, 51,8% afirmaram estar endividados em julho, elevação de 0,2 ponto porcentual na comparação com junho. Já entre as famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 41,8%, retração de 0,6 ponto porcentual ante junho.

De acordo com a assessoria econômica da Fecomércio, a queda do indicador foi influenciada tanto pela restrição do mercado de crédito, que projeta uma alta na inadimplência como consequência do desemprego crescente, como também a diminuição dos consumidores no número de novas dívidas ou financiamentos, na tentativa do brasileiro de equilibrar seu orçamento doméstico. A entidade afirma que, apesar da melhora das expectativas tanto de consumidores quanto de empresários, o cenário atual ainda é delicado e não haverá grandes mudanças no curto prazo.

A pesquisa revelou ainda que, em julho, 37,4% das famílias afirmaram ter sua renda comprometida com dívidas por mais de um ano (ante 40% em julho de 2015); 22,9% possuem débitos com prazos de até três meses (sendo que em julho do ano passado eram 17,1%); 19,7% entre três a seis meses (20,8% em julho de 2015); e 18,2% entre seis meses e um ano (19,2% em julho de 2015).

Inadimplência cai no mês, mas sobe em 12 meses

O levantamento da Fecomércio também apontou que, em julho, 17,3% das famílias paulistanas afirmaram estar com as contas em atraso, uma queda de 0,3 ponto porcentual em relação ao mês anterior. Já no comparativo com o mesmo período do ano passado, o indicador apresentou alta de 2,8 pontos percentuais. Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas atingiu 666 mil.

Entre as famílias inadimplentes, 50,9% delas afirmaram ter débitos vencidos há mais de 90 dias; 24,6% têm compromissos atrasados entre 30 e 90 dias; e 24,3% estão com dívidas vencidas por até 30 dias.

Menor renda sofre mais

Assim como o endividamento, a inadimplência também é maior nas famílias com menor renda. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 20,5% estão com contas atrasadas.

Para a Fecomércio, essa condição se explica porque as famílias com menor renda sentem mais os efeitos da crise econômica e, para essa faixa da população, que já vive com o orçamento mais apertado e precisa do crédito para alavancar seu padrão de consumo, qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças e levar à inadimplência. Já entre aquelas que ganham mais de dez salários mínimos, 9,3% afirmaram ter dívidas vencidas em julho.

Sem dinheiro para fechar o mês

A pesquisa também mostrou que 7,3% das famílias disseram que não teriam condições de pagar total ou parcialmente suas contas no mês seguinte. Esse porcentual era de 5,6% no mesmo período de 2015. Em números absolutos, existem 282 mil famílias que estão nessa situação.

Cartão de crédito segue como maior vilão

O cartão de crédito seguiu em julho como o maior vilão do endividamento do brasileiro e é o principal meio de financiamento das famílias, utilizado por 71,5% dos devedores em julho. Em segundo lugar aparecem os carnês, utilizados por 15,9% dos pesquisados, seguido por crédito pessoal (13,9%), financiamento de carro (13,4%), financiamento de casa (11,7%) e crédito consignado (5,3%).

Mais cheque especial

No comparativo anual, a utilização do cheque especial registrou uma alta de 0,7 ponto percentual na utilização do cheque especial. Para o crédito pessoal, essa alta foi de 5,3 pontos, e no carnê 4,9 pontos. Ainda em relação ao mês de julho do ano passado, destaca-se a queda de 6,5 pontos percentuais no financiamento de carro.

A maior utilização do crédito pessoal nos últimos meses, segundo a entidade, demonstra que o consumidor tem buscado outras modalidades de crédito que ofereçam juros mais baixos, a fim de evitar o maior pagamento de juros.

Deixe um comentário