A taxa de inadimplência das operações de crédito fechou o mês de julho em 3,6%. O resultado representa uma elevação de 0,1 ponto percentual no mês e 0,6 ponto percentual em doze meses, divulgou hoje o Banco Central (BC) em seu relatório de Política Monetária e Operações de Crédito. Na divisão por segmentos, o indicador de inadimplência alcançou 4,1% no crédito às famílias e 3% no crédito às empresas.
Com relação ao crédito livre, a inadimplência voltou a avançar no mês de julho após a taxa ter caído em junho pela primeira vez em um ano, ficando em 5,6%. Em recursos direcionados, a inadimplência ficou estável em 1,4% no período.
Segundo análise da corretora Ativa, a inadimplência de julho mostrou um resultado negativo e a perspectiva para os próximos meses é de manutenção da alta no indicador. De acordo com a corretora, embora o cenário econômico atual tenha melhorado de perspectiva, ele ainda apresenta resultados negativos e com pioras constantes, o que deve seguir impactando no aumento da inadimplência.
A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, incluindo as contratações com recursos livres e direcionados, atingiu 33% ao ano em julho. O resultado representa um aumento de 0,4 pontos percentuais na comparação mensal e 4,6 pontos percentuais em doze meses.
Operações de crédito
As operações de crédito feitas pelos bancos e financeiras atingiram R$ 3,166 bilhões em julho, uma queda de 0,4% no mês e uma expansão de 0,2% em doze meses. Segundo o BC, o recuo das atividades de crédito foi influenciado pela queda de 0,9% no crédito a pessoas jurídicas, saldo de R$ 1,586 bilhão, e do aumento de 0,1% na carteira de pessoas físicas, que somou R$ 1,530 bilhão. Já a relação crédito/PIB situou-se em 51,4%, ante 51,9% em junho e 53,3% em julho do ano anterior.
O segmento de crédito livre registrou no mês passado a marca de R$ 1,554 bilhão, após reduções de 1% no mês e de 2,5% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas caiu 1,8% em relação ao mês anterior, totalizando R$ 755 bilhões, influenciada pelos declínios em capital de giro e outros créditos livres.
Comércio e serviços puxam queda
Entre os setores de atividade econômica analisados pelo BC, o comércio e o segmento de outros serviços registraram as maiores quedas nas operações de crédito, com variação e saldo respectivos de -2% (R$ 274 bilhões) e -1,6% (R$ 193 bilhões). A indústria de transformação teve queda de 0,7%, com saldo de R$ 433 bilhões). O crédito ao setor privado declinou 0,5%, para R$ 2,861 bilhão, enquanto o saldo dos financiamentos ao setor público aumentou 0,2%, a R$ 255 bilhões.
Ainda segundo o relatório do BC, o spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados fechou julho em 23,2 ponto percentual, após aumentos de 0,5 ponto percentual no mês e 4,8 ponto percentual em doze meses. O aumento mensal refletiu elevações respectivas de 0,5 ponto percentual e 0,2 ponto percentual nos créditos às empresas e às famílias.
Segundo o Banco Fator, o ritmo de expansão do crédito segue muito fraco e deve manter a tendência de piora nos próximos meses. O Fator já trabalha inclusive com a perspectiva de retração do mercado de crédito em termos nominais já no próximo mês.
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.