O Senado rejeitou, em votação separada, a perda dos direitos políticos da presidente afastada Dilma Rousseff por oito anos para ocupar cargos públicos, como previsto inicialmente no processo de impeachment. A votação em separado foi pedida pelo PT e buscava permitir que a presidente, cujo impeachment foi aprovado há pouco, pudesse ocupar cargos ou concorrer a novas eleições. Foram 42 votos pela aplicação da pena, 36 contrários e seis abstenções, não atingindo assim os dois terços dos votos do Senado para aprovar a perda dos direitos políticos.
O requerimento da defesa da presidente Dilma Rousseff foi apresentado nesta quarta-feira pelo senador Vicentinho Alves (PT-TO) e foi aceito pelo ministro Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento. Foram 42 votos pela aplicação da pena e 36 contrários, não atingindo assim os dois terços dos votos do Senado para aprovar a perda dos direitos políticos.
A defesa da manutenção dos direitos políticos de Dilma foi feita pela ex-ministra da Agricultura e senadora Kátia Abreu, que citou como argumento um livro do presidente interino Michel Temer e a legislação dos Estados Unidos. A ex-ministra alegou também que a presidente Dilma está prestes a completar o tempo de contribuição e idade para requerer a aposentadoria, que lhe garantiria uma renda de R$ 5 mil. Katia Abreu disse ainda que Dilma poderá ser chamada para dar aulas e palestras e por isso precisa ter seus direitos mantidos.