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BC quer criar indicadores de inclusão financeira para cobrar metas de bancos

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O Banco Central (BC) prepara uma série de indicadores de inclusão financeira que serão usados depois para cobrar dos bancos maior atuação na orientação de seus clientes. A informação é do diretor de Isaac Sidney Menezes Ferreira, diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC. Segundo ele, a equipe de inclusão financeira e a área técnica do BC estão trabalhando para montar esse sistema de dados, que poderão servir para estabelecer metas a serem cumpridas pelos bancos.

Ferreira participou de evento em São Paulo sobre educação financeira e uso sustentável do crédito promovido pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Ele destacou que a área de crédito deveria ter um processo de suitability (adequação) semelhante ao que já existe para os investidores, no qual o banco teria de verificar se aquele empréstimo é o mais adequado para determinada pessoa. Isso, porém, deveria partir das próprias instituições, dentro do sistema de autorregulação. “Mas o mercado está consciente que a educação financeira é importante e que o cliente com conhecimento financeiro ajuda o próprio sistema”, diz.

Maioria dos tomadores de crédito ganha até 3 mínimos

O diretor do BC trouxe números impressionantes sobre o perfil de quem toma crédito no Brasil. Dos 159 milhões de brasileiros adultos, 68% possuem conta no sistema financeiro e 34% são tomadores de crédito. Mas, segundo ele, 64% dos tomadores de empréstimos (ou 35 milhões) são pessoas com renda até três salários-mínimos, justamente os mais carentes de formação e informação. “Essa informação ressalta a importância de tratar do uso consciente do crédito em nossas ações”, diz.

Menor nível de poupança na América Latina

Ao mesmo tempo, o Brasil é o país com a menor porcentagem de adultos com poupança em instrumentos financeiros entre os países da América Latina e Caribe e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. No Brasil, o percentual era de 12% em 2014, para 14% na América Latina e Caribe e 52% na OCDE. “Ou seja, é baixo o hábito de poupar no Brasil, mais um dado a ser considerado no planejamento de políticas de educação financeira”, diz.

Dificuldades para aprender

Um dos desafios é como oferecer a educação financeira para a população. Ferreira destaca estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que mostra que 69% da população adulta, entre 15 e 64 anos, tem dificuldades de compreensão de matemática e português. Desses, 27% são considerados analfabetos funcionais, ou seja, mesmo conseguindo ler, não entendem o que está escrito. E outros 42% possuem apenas o nível elementar de compreensão.

Educação nas mãos dos bancos

É nesse ambiente que vem ocorrendo o aumento da bancarização dos brasileiros. Hoje, todos os municípios do Brasil possuem atendimento bancário, seja por meio de agências, seja por correspondentes bancários. Por isso, há um grande potencial de as próprias instituições financeiras serem as protagonistas no esforço de orientação financeira, afirma o diretor do BC.

Ao mesmo tempo, o crescimento do atendimento via canais eletrônicos, especialmente internet e celulares, tem sido expressivo, o que indica que as ações de educação financeira também devem ser feitas por esses canais, avalia Ferreira.

Na parte do BC, o esforço inclui a organização de eventos, como o 2º Fórum de Cidadania Financeira, marcado para 21 e 22 de novembro deste ano, e a participação no grupo Estratégia Nacional de Educação Financeira, que promove ações para educar a população sobre como usar bem o dinheiro.

Nova Calculadora do Cidadão

O BC está também reformulando sua Calculadora do Cidadão, que permite calcular valores de aplicações, financiamento, valores futuros, correção de valores antigos e cartão de crédito. “Ela ficou também mais amigável e compatível com Facebook e Whatsapp”, afirma Ferreira. A calculadora acumula 430 mil dowloads.

O consumo consciente e a sustentabilidade do crédito são prioridades da Acrefi, afirma seu presidente, Hilgo Gonçalves. “No atual momento econômico, o uso responsável do crédito é um dispositivo importante par ao crescimento do país e as empresas também têm um papel importante nesse processo”, diz.

Certificação de profissionais e canais de educação

Gonçalves cita o programa de certificação de profissionais de crédito da Acrefi, que prepara os atendentes para orientar os tomadores. Além disso, a entidade prepara um projeto de educação financeira que incluirá canais digitais para orientar as pessoas sobre o uso do dinheiro. “Não é só sobre como tomar crédito, é educação financeira de uma maneira mais ampla, sobre como cuidar do dinheiro”, explica.

Crédito pode crescer 5% no ano que vem

Segundo ele, o cenário de crédito no país já dá alguns sinais de melhora, apesar da recessão. O número de tomadores de crédito aumentou em agosto e setembro. Mesmo assim, Gonçalves estima que o setor terminará o ano com o volume de empréstimos estável. “Já no ano que vem, com a recuperação do emprego, devemos ter um crescimento de 5% no volume de crédito”, estima. Neste ano, porém, os tomadores de crédito estão mais cautelosos, ajustando o orçamento. “Hoje a propensão é mais poupar do que tomar empréstimo para comprar”, diz Gonçalves. Essa reorganização deverá tornar a retomada do crédito no ano que vem mais saudável, garantindo uma inadimplência menor. “As novas safras mostram um endividamento proporcionalmente menor das famílias do que em anos anteriores, mostrando maior cautela dos tomadores”, explica.

Ele critica, porém, a lei paulista que obriga as empresas de controle de crédito a só registrar as dívidas se o devedor assinar um aviso de recebimento de cobrança. “Isso prejudica a avaliação do crédito, pois faz com que a financeira, na dúvida sobre o cadastro do cliente nas centrais de crédito, tenha de exigir mais informações do tomador para poder emprestar”, afirma. Ele espera que a Justiça derrube a exigência, tornando o registro dos atrasos mais simples.

 

 

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