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BC: redução da Selic depende de menor incerteza sobre aprovação de ajuste fiscal

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A redução da taxa básica de juros, a Selic, depende da menor incerteza sobre aprovação de ajustes nas contas públicas. O ajuste fiscal foi um dos fatores citados pelo diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana de Carvalho, para que se tenha maior confiança no alcance das metas de inflação e assim seja possível reduzir os juros básicos.

Carvalho disse que há sinais positivos em relação ao encaminhamento e à apreciação das reformas fiscais no Congresso Nacional. Segundo ele, um dos sinais positivos é a “natureza da proposta” de limite de gastos públicos e “o pronunciamento de alguns participantes nesse processo” de tramitação do ajuste fiscal enviado pelo governo ao Congresso Nacional.

“O interesse do Banco Central no processo de encaminhamento dessas reformas se deve ao fato que essa dimensão fiscal é importante para o balanço de risco e para a trajetória da inflação”, afirmou Carlos Viana de Carvalho.

Ele acrescentou que, na medida em que haja evolução no âmbito fiscal, as informações serão incorporadas ao “amplo” leque de fatores que influenciam no processo de decisão do Copom.

Ao apresentar hoje (27) o Relatório de Inflação, o diretor enfatizou que nenhum fator é suficiente por si só na tomada de decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, responsável por definir a taxa Selic.

Carvalho citou outros dois fatores que serão levados em consideração pelo comitê. Um deles é que a persistência dos efeitos do choque de aumento de preços de alimentos na inflação seja limitado. O outro fator é que a inflação cai na velocidade adequada.

De acordo com o diretor, evidências recentes indicam que a queda nos preços de alimentos no atacado tem se transmitido para o varejo. “De fato, uma parte da resistência recente à queda da inflação corrente parece ter sido causada por choques temporários nos preços de alimentos”, destacou Carvalho na apresentação do relatório.

Quanto a velocidade da queda da inflação, o diretor disse que o Copom avalia a tendência de desinflação do setor de serviços e os efeitos dessa baixa sobre outros componentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Taxa básica

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006.

O BC tem de encontrar equilíbrio ao tomar suas decisões sobre a Selic para alcançar a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação. De acordo com as projeções do BC, neste ano a meta será estourada, com a inflação em 7,3%. A meta é 4,5%, com limite superior de 6,5%, em 2016. No próximo ano, o teto da meta é 6%. Em 2017, a inflação deve recuar e encerrar o período em 4,4%. Para 2018, a projeção é 3,8%.

Atividade econômica

Carvalho disse ainda que há sinais de possível retomada gradual de atividade, presentes na melhora dos índices de confiança e nas projeções para crescimento da economia em 2017.

O diretor acrescentou que o mercado de trabalho leva mais tempo para reagir à retomada da atividade econômica. No relatório, o BC destacou o aumento da taxa de desemprego, o corte adicional de postos formais de trabalho e a retração dos rendimentos do trabalho, nos meses recentes.

“Nesse sentido, melhora nos indicadores de emprego devem ser observadas de forma gradual após a consolidação de uma trajetória mais consistente de crescimento econômico”, finalizou o BC no relatório.

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