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Bolsas internacionais em alta após fim de semana com dados macroeconômicos mistos. Na Ásia, o destaque mesmo não chegou a ser um dado em si, mas a reafirmação da postura monetária dovish no Japão. Kuroda, presidente do BoJ, voltou a descartar redução dos estímulos monetários à economia japonesa, apesar de ter reconhecido os malefícios da política de juros negativos adotada no primeiro semestre deste ano e este foi o principal driver para a alta de 0,6% do Nikkei. Na China, a agenda macroeconômica trouxe o PMI de serviços avançando a 52,1 pontos em agosto, porém o PMI Composto, que envolve atividade industrial e de serviços, recuou levemente.
Na Europa, tivemos uma bateria de dados. Destaques ficam com as vendas no varejo da Zona do Euro que avançaram 1,1% MoM em julho e tiveram o maior ritmo de alta desde agosto de 2014 e veio acima do esperado pelo mercado. Além disso, a região teve uma bateria de PMI’s divulgados com destaque para o PMI de serviços do Reino Unido que subiu a 52,9 em agosto e registrou o maior avanço da série histórica. Ainda no mercado internacional, o dia pode ser de menos volume também por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. No mercado de commodities, o petróleo segue em alta forte de cerca de 3% com rumores de que a Arábia Saudita teria assinado um acordo para cooperar com a Rússia e estabilizar os mercados de petróleo. Outro motivador da alta da commodity foi o payroll na última sexta-feira que mostrou criação de vagas de trabalho abaixo do esperado pelo mercado. Além disso, a expectativa pela decisão de política monetária do BCE na quinta-feira também anima o mercado pois é esperada a manutenção de taxa de do programa de estímulos.
Por aqui, o acompanhamento do ambiente político continua e, no fim de semana, Temer e sua equipe deram diversas declarações em reunião do G-20. Temer procurou enfatizar a força das instituições democráticas no Brasil, passando aos líderes globais que sua posse foi parte de um processo constitucional e correto. O novo presidente reafirmou também, que apesar das crescentes manifestações populares e do clima político ainda conturbado, a data de 13 de setembro para o pacote de concessões à iniciativa privada não será alterado. Michel Temer abordou outros diversos tópicos no encontro, um deles foi de que era inviável governar com 35 partidos e defendeu a aprovação de uma reforma política no Congresso Nacional, ideia que foi abraçada por outro integrante da delegação que foi à China, Renan Calheiros. Em suma, Temer tentou passar aos governantes internacionais que ele possui uma agenda de reforma cuja cerne está no ajuste fiscal, sabendo da urgência que o assunto possui. O término da reunião do G-20 está previsto para hoje e agora a expectativa está na volta de Temer ao Brasil amanhã, o mercado aguarda detalhes de sua proposta de reforma da previdência, porém aliados no Congresso pressionam o presidente a adiar a divulgação para uma data após o segundo turno das eleições municipais, para não prejudicar o apelo dos candidatos do partido. Além disso, a polícia federal deflagrou a operação greenfield na manhã desta segunda-feira que apura crimes de gestão temerária e fraudulenta em quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcef, Petros, Previ e Postalis. Na agenda macroeconômica desta semana, o foco também deve ficar com a divulgação da Ata do Copom e o IPCA de agosto.
AGENDA
09h30 BC faz leilão de até 10 mil contratos de swap cambial reverso, com vencimentos em 01/09/2016, 03/10/2016, 01/11/2016 e 02/01/2017.
14h30 Reunião da Comissão Especial da Câmara que discute o projeto que estabelece medidas contra a corrupção
15h00 MDIC: balança comercial – 1ª semana de setembro
Termina a cúpula do G-20
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